quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

15 de Janeiro de 2010 - Sexta-feira da 1ª Semana do Tempo Comum


I Samuel 8, 4-7.10-22
Reuniram-se todos os anciãos de Israel e vieram ter com Samuel a Ramá. Disseram-lhe: «Estás velho e os teus filhos não seguem as tuas pisadas. Dá-nos um rei que nos governe, como têm todas as nações.» Esta linguagem – “dá-nos um rei que nos governe” – desagradou a Samuel, que se pôs em oração diante do Senhor. 
O Senhor disse-lhe: «Ouve a voz do povo em tudo o que te disser, pois não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, para que Eu não reine mais sobre eles.»  
Referiu Samuel todas as palavras do Senhor ao povo que lhe pedia um rei. E disse: «Eis como será o poder do rei que vos há de governar: tomará os vossos filhos para guiar os seus carros e a sua cavalaria e para correr diante do seu carro. Fará deles chefes de mil e chefes de cinqüenta, empregá-los-á nas suas lavouras e nas suas colheitas, na fabricação das suas armas e dos seus carros. Tomará as vossas filhas como suas perfumistas, cozinheiras e padeiras. Há de tirar-vos também o melhor dos vossos campos, das vossas vinhas e dos vossos olivais, e dá-los-á aos seus servidores. Cobrará ainda o dízimo das vossas searas e das vossas vinhas, para dá-lo aos seus cortesãos e ministros. 
Tomará também os vossos servos, as vossas servas, os melhores entre os vossos mancebos e os
vossos jumentos, para os colocar ao seu serviço. Cobrará igualmente o dízimo dos vossos rebanhos. E vós próprios sereis seus servos. Então, clamareis por causa do rei que vós mesmos escolhestes, mas o Senhor não vos ouvirá.» 
Porém, o povo não quis ouvir a voz de Samuel. Disse: «Não! Precisamos ter o nosso rei! Queremos ser como todas as outras nações; o nosso rei administrará a justiça, marchará à nossa frente e combaterá por nós em todas as guerras.» 
Samuel ouviu todas as palavras do povo e referiu-as ao Senhor. Então, o Senhor disse: «Faz o que te pedem e dá-lhes um rei.» Samuel disse aos israelitas: «Volte cada um para a sua cidade.» 

Salmos 89 (88), 16-17.18-19 

Feliz da nação que sabe louvar-Te, SENHOR, que sabe caminhar à luz do Teu rosto.
Em Teu nome rejubila a toda a hora e se gloria com a Tua justiça.
Na verdade, Tu és a nossa honra e a nossa força; com o Teu favor alcançaremos a vitória.
O nosso escudo é o SENHOR; o nosso rei é o Santo de Israel!

Evangelho segundo São Marcos 2, 1-12 
Dias depois, tendo Jesus voltado a Cafarnaum, ouviu-se dizer que estava em casa. Juntou-se tanta gente que nem mesmo à volta da porta havia lugar, e anunciava-lhes a Palavra. Vieram, então, trazer-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens. 
Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o teto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico. Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.» 
Ora estavam lá sentados alguns doutores da Lei que discorriam em seus corações: «Por que fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?» 
Jesus percebeu logo, em seu íntimo, que eles assim discorriam; e disse-lhes: «Por que discorreis assim em vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: 'Levanta-te, pega no teu catre e anda’? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar os pecados, Eu te ordeno disse ao paralítico: levanta-te, pega a tua cama e vai para tua casa.» Ele levantou-se e, pegando logo no catre, saiu à vista de todos, de modo que todos se maravilhavam e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim!» 



 Cura do Paralítico
(Texto de um paroquiano da Paróquia de Santo Efrém, Paris – França)


 (...) O paralítico curado nesta casa, cujo telhado foi aberto, é a nossa alma. A casa onde ele não podia entrar devido à enorme quantidade de pessoas é a Igreja. O telhado, que precisou ser aberto para que o paralítico pudesse mesmo chegar até o verdadeiro Médico são os obstáculos e os bloqueios que obstruem nossa vida espiritual.
Jesus começa por livrar o paralítico dos seus pecados e do peso de suas faltas passadas. Em seguida, Ele o liberta da paralisia, que pode ser a das pernas, mas a paralisia que afeta nossas almas é a da nossa (má) vontade.

Obedecendo a Cristo, o paralítico pega, então, a sua maca e volta para casa. Esta maca que ele precisa carregar representa a nossa cruz. Mas esta cruz não é o conjunto de coisas desagradáveis, nem os males, que nós sofremos. Esta cruz representa as responsabilidades que recebemos quando somos pais, mães, professores (médicos, cozinheiros, estudantes etc.), mas sobretudo quando somos o próximo de alguém que precisa de nós.


Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
gisele.pimentel@gmail.com

Fontes:

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