terça-feira, 29 de junho de 2010

03 de Julho de 2010 – Sábado da 13ª Semana do Tempo Comum - São Tomé, Apóstolo – Festa


Carta aos Efésios 2, 19-22
Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito.

Livro de Salmos 117, 1.2
Louvai o SENHOR, todas as nações!
Exaltai-o, todos os povos!
Porque o seu amor para conosco não tem limites 
e a fidelidade do SENHOR é eterna!

Evangelho segundo São João 20, 24-29
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam Dídimo (o Gêmeo), não estava com eles quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Basílio da Selêucia (?-c. 468), bispo 
Sermão para a Ressurreição, 1-4 
(a partir da trad. de Bresard, 2000 ans, p. 128)
Não sejas incrédulo e sê Meu apóstolo
«Olha as Minhas mãos: chega cá o teu dedo!» Procuravas-Me quando eu não estava cá, aproveita agora. Sei do teu desejo, apesar do teu silêncio. E antes que mo digas, já sei o que pensas. Ouvi-te falar e, embora estivesse invisível, estava perto de ti, próximo das tuas dúvidas. Sem deixar que Me visses, fiz-te esperar, para melhor observar a tua impaciência. «Olha as Minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no Meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Então Tomé tocou-Lhe e toda a sua desconfiança caiu por terra. Cheio de uma fé sincera e de todo o amor que devemos a Deus, exclamou: «Meu Senhor e meu Deus!» E o Senhor diz-lhe: «Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto.» Tomé, leva a notícia da ressurreição àqueles que não Me viram. Conduz toda a terra a acreditar, não nos seus olhos, mas na tua palavra. Vai até aos povos e às cidades longínquas. Ensina-lhes a levar a cruz aos ombros, em vez das armas. Basta que Me anuncies: acreditarão e adorar-Me-ão. Não exigirão outras provas. Diz-lhes que são chamados pela graça e tu, contempla a fé deles: em verdade, felizes os que crêem sem terem visto.
Tal é o exército do Senhor. Tais são os filhos da piscina batismal, as obras da graça, a colheita do Espírito. Seguiram a Cristo sem O terem visto, procuraram-No e creram n'Ele. Reconheceram-No com os olhos da fé e não com os do corpo. Não meteram o dedo no sinal dos pregos, mas agarraram-se à Sua cruz e abraçaram os Seus sofrimentos. Não viram o peito do Senhor, mas, pela graça, tornaram-se membros do Seu corpo e fizeram sua a palavra de Cristo: «Felizes os que crêem sem terem visto.»

Fontes:
http://www.evangeliodeldia.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20100703
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100703

02 de Julho de 2010 – Sexta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum


Amós 8, 4-6.9-12
Ouvi isto, vós que esmagais o pobre e fazeis perecer os desvalidos da terra, dizendo: “Quando passará a Lua-nova, para vendermos o nosso trigo, e o sábado, para abrirmos os nossos celeiros, diminuindo o efá, aumentando o ciclo e falseando a balança para defraudar? Compraremos os necessitados por dinheiro e o pobre por um par de sandálias, e venderemos até as alimpas do nosso trigo.”
Naquele dia - oráculo do Senhor meu DEUS -farei com que o Sol se ponha ao meio-dia, e em pleno dia cobrirei a terra de trevas. Converterei as vossas festas em luto e os vossos cânticos em lamentações. Porei o cilício sobre todos os rins, e a navalha sobre todas as cabeças. O luto será como o que se faz por um filho único, e o seu fim, um dia de amargura.
Eis que vêm dias - oráculo do Senhor DEUS - em que lançarei fome sobre o país. Não será fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. Vaguearão de um mar a outro mar, indo à toa desde o Norte até ao Oriente, à procura da palavra do SENHOR, e não a encontrarão.

Salmos 119, 2.10.20.30.40.131
Felizes os que cumprem os seus preceitos
e o procuram com todo o coração.
Eu procuro-te com todo o coração;
não deixes que me afaste dos teus mandamentos.
Minha alma suspira sem cessar,
desejando conhecer os teus juízos.
Escolhi o caminho da verdade
e preferi as tuas sentenças.
Vê como tenho desejado os teus preceitos;
faz-me viver segundo a tua justiça.
Abro, com avidez, a minha boca,
porque tenho fome dos teus mandamentos.


Evangelho segundo São Mateus 9, 9-13
Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou se e seguiu-o.
Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos. Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Por que é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?»
Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por 
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja 
Homilias sobre os Evangelhos, I, 21 ; CCL 122, 149-151 (a partir da trad. Orval rev.)
«À mesa com Jesus»
«Encontrando-Se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e Seus discípulos.» Procuremos compreender com maior profundidade o acontecimento até aqui relatado. Mateus não quis apenas oferecer ao Senhor uma refeição material na sua morada terrestre, mas, com a sua fé e amor, preparou-Lhe na verdade um banquete na casa do seu coração, como dá testemunho aquele que diz: «Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele Comigo» (Ap 3,20).
Sim, o Senhor está à nossa porta e bate quando torna o nosso coração atento à Sua vontade, seja através da palavra dos que a ensinam, seja por inspiração interior. Abrimos a porta ao chamado da Sua voz quando livremente aceitamos os Seus ensinamentos interiores ou exteriores e quando, tendo compreendido o que devemos fazer, o cumprimos. E Ele entra para cear, Ele conosco e nós com Ele, porque Ele mora no coração dos Seus amigos, pela graça do Seu amor, para os alimentar Ele próprio, eternamente, com a luz da Sua presença. Assim, os desejos dos Seus amigos tornam-se cada vez mais elevados, e o próprio Se Senhor alimenta do zelo destes para com o céu, como do mais delicioso alimento.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20100630

1º de Julho de 2010 – Quinta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum



Amós 7, 10-17
Amacias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: “Amós conspira contra ti, no meio da casa de Israel. A terra não pode suportar mais os seus oráculos. Pois Amós disse o seguinte: 'Jeroboão morrerá pela espada e Israel será deportado para longe da sua terra.’”

Amacias disse, então, a Amós: “Sai daqui, vidente, foge para a terra de Judá e come lá o teu pão, profetizando. Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei e o templo do reino.”

Amós respondeu a Amacias: Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor e cultivava frutos de sicômoros. O SENHOR pegou em mim, quando eu andava atrás do meu rebanho, e disse-me: ‘Vai, e profetiza ao meu povo de Israel.’ Ouve, pois, agora, a palavra do SENHOR: Tu dizes-me: ‘Não profetizes contra Israel, nem profiras oráculos contra a casa de Isaac.’ Por isso, diz o SENHOR: ‘A tua mulher será desonrada na cidade, os teus filhos e as tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel; tu morrerás numa terra impura, e Israel será levado cativo para longe da sua terra!’”


Salmos 19, 8-11

A lei do SENHOR é perfeita, reconforta o espírito;

as ordens do SENHOR são firmes, dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do SENHOR são retos, alegram o coração;

os preceitos do SENHOR são claros, iluminam os olhos.

O temor do SENHOR é puro, permanece para sempre.

As sentenças do SENHOR são verdadeiras, todas elas são justas.

São mais desejáveis que o ouro, o ouro mais fino;

são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.


Evangelho segundo São Mateus 9, 1-8

Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade. Eis que lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.” Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: “Este homem blasfema.”

Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: “Por que pensais mal em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te - disse ele ao paralítico -, toma a tua maca e volta para tua casa.” Levantou-se aquele homem e foi para sua casa. Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.    
                                                                                                                                                             


Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), 
monge cisterciense 
Homilia 11 (a partir da trad. breviário; cf Orval)

«Quem pode perdoar os pecados 
senão Deus?» (Mc 2, 7)

Há duas coisas que pertencem apenas a Deus: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Devemos confessar-nos a Ele e esperar d'Ele o perdão. Com efeito, perdoar os pecados pertence unicamente a Deus; por isso é apenas a Ele que devemos confessá-los. Mas o Todo-Poderoso, o Altíssimo, tendo tomado uma esposa fraca e insignificante, fez dela uma rainha. E colocou-a a Seu lado, ela que estava a Seus pés; pois foi do Seu lado que ela saiu e foi por aí que Ele a desposou (Gn 2, 22; Jo 19, 34). E, tal como tudo o que pertence ao Pai é do Filho e tudo o que é do Filho é do Pai pela unidade da Sua natureza (Jo 17, 10), assim também o esposo deu todos os Seus bens à esposa e tomou sobre Si tudo o que pertence à esposa, que uniu a Si mesmo e também a Seu Pai. [...]

É por isso que o Esposo, que é uno com o Pai e com a esposa, lhe retirou tudo o que nela havia de estranho, fixando-o na cruz em que carregou os pecados dela, pregando-os ao madeiro e destruindo-os pelo madeiro. Ele assumiu o que era natural e próprio da esposa; e deu à esposa o que era divino e próprio d'Ele. [...] Ele partilha assim a fraqueza da esposa e os seus gemidos, e tudo é comum ao Esposo e à esposa: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Tal é a razão desta frase: «Vai mostrar-te ao sacerdote» (Mc 1, 44).


Fontes:



http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100630

segunda-feira, 28 de junho de 2010

30 de Junho de 2010 - Quarta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum

Amós 5, 14-15.21-24
“Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o SENHOR, Deus do universo, estará convosco, como vós dizeis. Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça no tribunal. Talvez, então, o SENHOR, Deus do universo, tenha compaixão do resto de José.
Eu detesto e rejeito as vossas festas; e não sinto nenhum gosto nas vossas assembléias. Se me ofereceis holocaustos e oblações, não as aceito, nem ponho os meus olhos nos sacrifícios das vossas vítimas gordas. Afastai de mim o vozear dos vossos cânticos, não quero ouvir mais a música das vossas harpas. Antes, jorre a eqüidade como uma fonte, e a justiça como torrente que não seca.”

Salmos 50, 7-13.16-17
“Escuta, meu povo, sou Eu quem vai falar;
 Israel, vou testemunhar contra ti:
Eu sou o Senhor, teu Deus.
Não te repreendo por causa dos teus sacrifícios;
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não reivindico os novilhos da tua casa,
nem os cabritos dos teus currais;
pois são meus todos os animais dos bosques,
 e os que se encontram nos altos montes.
Conheço todas as aves do céu
 e pertencem-me os répteis do campo.
Se Eu tivesse fome, não to diria,
pois o mundo é meu e tudo o que ele contém.
Porventura Eu como a carne dos touros,
ou bebo o sangue dos cabritos?”
Ao pecador, Deus declara:
“Por que andas sempre a falar da minha lei
 e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e rejeitas as minhas palavras?”

Evangelho segundo São Mateus 8, 28-34
Chegado à outra margem, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, que habitavam nos sepulcros. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho. Vendo-o, disseram em alta voz:«Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?»
Ora, andava a pouca distância dali, a pastar, uma grande vara de porcos. E os demônios pediram-lhe: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos.» Disse lhes Jesus: «Ide!» Então, eles, saindo, entraram nos porcos, que se despenharam por um precipício, no mar, e morreram nas águas.
Os guardas fugiram e, indo à cidade, contaram tudo o que se tinha passado com os possessos. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse daquela região.

Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Concílio Vaticano II 
Constituição sobre a Igreja 
no mundo contemporâneo (Gaudium et spes),
§§ 9-10 - Copyright © Libreria Editrice Vaticana
«Rogaram-Lhe que Se retirasse 
daquela região»
O mundo atual apresenta-se, assim, simultaneamente poderoso e débil, capaz do melhor e do pior, tendo patente diante de si o caminho da liberdade ou da servidão, do progresso ou da regressão, da fraternidade ou do ódio. E o homem torna-se consciente de que a ele compete dirigir as forças que suscitou, e que tanto o podem esmagar como servir. Por isso se interroga a si mesmo.
Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo atual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer (Rm 7, 15). Sofre assim em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. [...]
Perante a evolução atual do mundo, cada dia são mais numerosos os que põem ou sentem com nova acuidade as questões fundamentais: Que é o homem? Qual o sentido da dor, do mal, e da morte, que, apesar do enorme progresso alcançado, continuam a existir? Para que servem essas vitórias, ganhas a tão grande preço? Que pode o homem dar à sociedade, e que coisas pode dela receber? Que há para além desta vida terrena?
A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo Seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos (At 4, 12). Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre (Hb 13, 8).

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100630