terça-feira, 29 de junho de 2010

1º de Julho de 2010 – Quinta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum



Amós 7, 10-17
Amacias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: “Amós conspira contra ti, no meio da casa de Israel. A terra não pode suportar mais os seus oráculos. Pois Amós disse o seguinte: 'Jeroboão morrerá pela espada e Israel será deportado para longe da sua terra.’”

Amacias disse, então, a Amós: “Sai daqui, vidente, foge para a terra de Judá e come lá o teu pão, profetizando. Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei e o templo do reino.”

Amós respondeu a Amacias: Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor e cultivava frutos de sicômoros. O SENHOR pegou em mim, quando eu andava atrás do meu rebanho, e disse-me: ‘Vai, e profetiza ao meu povo de Israel.’ Ouve, pois, agora, a palavra do SENHOR: Tu dizes-me: ‘Não profetizes contra Israel, nem profiras oráculos contra a casa de Isaac.’ Por isso, diz o SENHOR: ‘A tua mulher será desonrada na cidade, os teus filhos e as tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel; tu morrerás numa terra impura, e Israel será levado cativo para longe da sua terra!’”


Salmos 19, 8-11

A lei do SENHOR é perfeita, reconforta o espírito;

as ordens do SENHOR são firmes, dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do SENHOR são retos, alegram o coração;

os preceitos do SENHOR são claros, iluminam os olhos.

O temor do SENHOR é puro, permanece para sempre.

As sentenças do SENHOR são verdadeiras, todas elas são justas.

São mais desejáveis que o ouro, o ouro mais fino;

são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.


Evangelho segundo São Mateus 9, 1-8

Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade. Eis que lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.” Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: “Este homem blasfema.”

Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: “Por que pensais mal em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te - disse ele ao paralítico -, toma a tua maca e volta para tua casa.” Levantou-se aquele homem e foi para sua casa. Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.    
                                                                                                                                                             


Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), 
monge cisterciense 
Homilia 11 (a partir da trad. breviário; cf Orval)

«Quem pode perdoar os pecados 
senão Deus?» (Mc 2, 7)

Há duas coisas que pertencem apenas a Deus: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Devemos confessar-nos a Ele e esperar d'Ele o perdão. Com efeito, perdoar os pecados pertence unicamente a Deus; por isso é apenas a Ele que devemos confessá-los. Mas o Todo-Poderoso, o Altíssimo, tendo tomado uma esposa fraca e insignificante, fez dela uma rainha. E colocou-a a Seu lado, ela que estava a Seus pés; pois foi do Seu lado que ela saiu e foi por aí que Ele a desposou (Gn 2, 22; Jo 19, 34). E, tal como tudo o que pertence ao Pai é do Filho e tudo o que é do Filho é do Pai pela unidade da Sua natureza (Jo 17, 10), assim também o esposo deu todos os Seus bens à esposa e tomou sobre Si tudo o que pertence à esposa, que uniu a Si mesmo e também a Seu Pai. [...]

É por isso que o Esposo, que é uno com o Pai e com a esposa, lhe retirou tudo o que nela havia de estranho, fixando-o na cruz em que carregou os pecados dela, pregando-os ao madeiro e destruindo-os pelo madeiro. Ele assumiu o que era natural e próprio da esposa; e deu à esposa o que era divino e próprio d'Ele. [...] Ele partilha assim a fraqueza da esposa e os seus gemidos, e tudo é comum ao Esposo e à esposa: a honra de receber a confissão e o poder de perdoar. Tal é a razão desta frase: «Vai mostrar-te ao sacerdote» (Mc 1, 44).


Fontes:



http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100630

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