segunda-feira, 28 de junho de 2010

29 de Junho de 2010 – Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum – Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos

Atos dos Apóstolos 12, 1-11
Por esse tempo, o rei Herodes maltratou alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e vendo que tal procedimento agradara aos judeus, mandou também prender Pedro. Decorriam os dias dos Ázimos. Depois de mandar prendê-lo, meteu-o na prisão, entregando-o à guarda de quatro piquetes, de quatro soldados cada um, na intenção de fazê-lo comparecer perante o povo, logo após a Páscoa. Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava incessantemente a Deus por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes contava fazê-lo comparecer, Pedro estava a dormir entre dois soldados, bem preso por duas correntes, e diante da porta estavam sentinelas de guarda à prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz. O anjo despertou Pedro, tocando-lhe no lado e disse-lhe: «Ergue-te depressa!» E as correntes caíram-lhe das mãos. O anjo prosseguiu: «Põe o cinto e calça as sandálias.» Pedro assim fez. Depois, disse-lhe: «Cobre-te com a capa e segue-me.» Pedro saiu e seguiu-o. Não se dava conta da realidade da intervenção do anjo, pois julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo postos da guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se abriu por si mesma. Saíram, avançando por uma rua, e logo o anjo se retirou de junto dele. Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava.»

Salmos 34 (33), 2-9
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
A minha alma se gloria no SENHOR!
Que os humildes saibam e se alegrem.
Enaltecei comigo o SENHOR;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele me respondeu,
livrou-me de todos os meus temores.
Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR,
Ele o atende e o liberta das suas angústias.
O anjo do SENHOR protege os que o temem
e os livra do perigo.
Saboreai e vede como o SENHOR é bom;
feliz o homem que nele confia! 

II Carta a Timóteo 4, 6-8.17-18
Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação. Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel. A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
O Senhor, porém, esteve comigo e deu-me forças, a fim de que, por meu intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão. O Senhor me livrará de todo o mal e me levará a salvo para o seu Reino celeste. A Ele, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém!
 
Evangelho segundo São Mateus 16, 13-19
Ao chegar à região de Cesaréia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Aelred de Rielvaux (1110-1167), 
monge cistercense 
Sermão 16, para a festa dos Santos Pedro e Paulo;
PL 195, 298-302 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, pp. 451-452)
«Sobre esta pedra, edificarei a Minha Igreja»
Todos os apóstolos são «pilares da terra» (Sl 74,4), mas são-no em primeiro lugar os dois cuja festa celebramos. Eles são os dois pilares que conduzem a Igreja, através dos seus ensinamentos, da sua oração e do exemplo da sua perseverança. Estes pilares foram alicerçados pelo próprio Senhor. Inicialmente, eram fracos e não eram capazes de guiar, nem a si próprios, nem aos outros. E aqui aparece o grande desígnio do Senhor: se tivessem sido sempre fortes, poder-se-ia pensar que a sua força vinha deles. O Senhor, antes de fortalecê-los, também quis mostrar aquilo de que eram capazes, para que todos soubessem que a sua força vem de Deus.
O Senhor é que fundou estes pilares da terra, ou seja, da Santa Igreja. É por isso que devemos louvar com todo o coração os nossos santos pais, que suportaram tantos tormentos pelo Senhor e que perseveraram com tanta força. Perseverar na alegria, na prosperidade e na paciência não vale grande coisa. Grande é aquele que é apedrejado, chicoteado, agredido por amor a Cristo, e em tudo isso persevera com Cristo (II Cor 11, 25). É grande ser amaldiçoado e abençoar com Paulo [...], ser como a escória do mundo e disso tirar glória (I Cor 4, 12-13). [...] E que dizer de Pedro? Mesmo que nada tivesse suportado por Cristo, bastava ter sido crucificado por Ele para o festejarmos até hoje. A cruz foi a sua estrada.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20100629
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100629

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