terça-feira, 12 de janeiro de 2010

13 de Janeiro de 2010 - Quarta-feira da 1ª Semana do Tempo Comum



I Samuel 3, 1-10.19-20
O jovem Samuel servia o Senhor sob a direção de Eli. O Senhor, naquele tempo, falava raras vezes e as visões não eram freqüentes. 
Ora certo dia aconteceu que Eli estava deitado, pois os seus olhos tinham enfraquecido e mal podia ver. A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo do Senhor, onde se encontrava a Arca de Deus. 
O Senhor chamou Samuel. Ele respondeu: «Eis-me aqui.» Samuel correu para junto de Eli e disse-lhe: «Aqui estou, pois me chamaste.» Disse-lhe Eli: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.» 
O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Eli respondeu: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.» Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois até então nunca se lhe tinha manifestado a palavra do Senhor. 
Pela terceira vez, o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Compreendeu Eli que era o Senhor quem chamava o menino e disse a Samuel: «Vai e volta a deitar-te. Se fores chamado outra vez, responde: «Fala, Senhor; o teu Servo escuta!» Voltou Samuel e deitou-se. 
Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!» 
Samuel ia crescendo, o Senhor estava com ele e cumpria à letra todas as suas predições. Todo o Israel, desde Dan até Bercheba, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor. 

Salmos 40, 2.5.7-10
Invoquei o SENHOR com toda a confiança;
Ele inclinou se para mim e ouviu o meu clamor.
Feliz o homem que confia no SENHOR e não se volta para os idólatras,
para os que seguem a mentira.
Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: "Aqui estou! No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer."
Esse é o meu desejo, ó meu Deus; a tua lei está dentro do meu coração.
Anunciei a tua justiça na grande assembléia;
Tu bem sabes, SENHOR, que não fechei os meus lábios.

Evangelho segundo São Marcos 1, 29-39
Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela. Aproximando-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. 
À noitinha, depois do pôr-do-sol, trouxeram-Lhe todos os enfermos e possessos, e a cidade inteira estava reunida junto à porta. Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demônios; mas não deixava falar os demônios, porque sabiam quem Ele era. 
De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração. Simão e os que estavam com Ele seguiram-No. 
E, tendo-O encontrado, disseram-Lhe: «Todos Te procuram.» Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.» 
E foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demônios. 

Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja 
Carta a Proba sobre a prece, 8-9; CSEL 44, 56 ss. (a partir da trad. breviário)
«Jesus saiu; foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração.»
Para que serve dispersarmo-nos em todas as direções e procurarmos o que devemos pedir na oração? Digamos antes com o salmo: «Uma só coisa peço ao Senhor, aquilo que procuro é habitar a casa do Senhor todos os dias da minha vida, para saborear a doçura do Senhor e freqüentar o Seu templo» (Sl 26, 4). De fato, aí «todos os dias» não passam nascendo e desaparecendo, e um não começa quando o outro acaba; eles existem todos juntos, não têm fim, pois a própria vida, da qual são os dias, não tem fim.
Para obtermos esta vida feliz, Aquele que é em pessoa a verdadeira Vida ensinou-nos a rezar. Não com uma série de palavras, como se devêssemos ficar satisfeitos com a nossa conversa; de fato, como o próprio Senhor diz, nós rezamos Àquele que sabe do que necessitamos mesmo antes de Lho pedirmos (Mt 6, 8). [...]
Ele sabe do que necessitamos mesmo antes do Lho pedirmos? Então porque nos exorta continuamente à oração? (Lc 18, 1) Podemos admirar-nos com isso, mas devemos compreender que Deus nosso Senhor não quer ser informado dos nossos desejos, que não pode ignorar. Mas Ele quer que os nossos desejos sejam excitados pela oração, para que sejamos capazes de acolher aquilo que Ele se dispõe a dar-nos. Pois isso é muito grande, enquanto nós somos pequenos e de capacidade pobre! É por isso que nos dizem: «Abri completamente os vossos corações» (II Cor 6, 13). É algo de muito grande [...]: e seremos tanto mais capazes de recebê-Lo, com quanto mais fé crermos, com quanto mais segurança esperarmos, com quanto mais ardor desejarmos. É portanto na fé, na esperança e no amor, pela continuação do desejo, que rezamos continuamente.


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