segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

04 de Janeiro de 2010 - Segunda-feira depois da Epifania


I João 3,22-24.4,1-6 
E recebemos dele tudo o que pedirmos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que lhe é agradável. E este é o seu mandamento: que acreditemos no Nome de seu Filho, Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos deu. 
Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele; e é por isto que reconhecemos que Ele permanece em nós: graças ao Espírito que nos deu. Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas apareceram no mundo. Reconheceis que o espírito é de Deus por isto: todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus; e todo o espírito que não faz esta confissão de fé acerca de Jesus não é de Deus. Esse é o espírito do Anticristo, do qual ouvistes dizer que tem de vir; pois bem, ele já está no mundo. Meus filhinhos, vós sois de Deus e venceste-los, porque é mais poderoso o espírito que está em vós do que aquele que está no mundo. 
Eles são do mundo; por isso falam a linguagem do mundo, e o mundo ouve-os. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus ouve-nos; quem não é de Deus não nos ouve. É por isto que nós reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.


Salmos 2,7-8.10-11 
Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: “Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.
E agora, prestai atenção, ó reis! Deixai vos instruir, juízes da terra!
Servi o SENHOR com temor, prestai lhe homenagem com tremor (...)”.


Evangelho segundo São Mateus 4,12-17.23-25 
Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galiléia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulon e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: Terra de Zabulon e Neftali, caminho do mar, região de além do Jordão, Galiléia dos gentios. 
O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz. A partir desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu.» Depois, começou a percorrer toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades. 
A sua fama estendeu-se por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os que sofriam de qualquer mal, os que padeciam doenças e tormentos, os possessos, os epilépticos e os paralíticos; e Ele curou-os. E seguiram-no grandes multidões, vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão. 


Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino 
Da Trindade e Suas obras, I. 42: Sobre Isaías, 2 (a partir da trad. Sr. Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 43)
«E aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz»
«Jesus retirou-se para a Galiléia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulon e Neftali. Assim se cumpriu o que o profeta Isaías anunciara: [...] O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz». Ao falar da visão, ou antes, do aparecimento de uma grande luz, Mateus quer fazer-nos compreender a pregação luminosa do Salvador, o brilho da Boa Nova do Reino de Deus; primeiro que qualquer outra, a região de Zabulon e Neftali ouviu-a da própria boca do Senhor. [...]
Com efeito, foi nesta região que o Senhor começou a pregar, foi aqui que Ele iniciou a Sua pregação. [...] E os apóstolos que, antes de todos, viram esta luz verdadeira na região de Zabulon e Neftali, tornaram-se eles próprios «luz do mundo». [...] «Eles regozijar-se-ão perante Ti, continua o texto de Isaías, como nos regozijamos ao fazer a ceifa, como exultamos ao partilhar os despojos dos vencidos». Esta alegria será efetivamente a alegria dos apóstolos, uma «alegria multiplicada» quando «eles vierem como ceifeiros trazendo os seus feixes de centeio» «e como os vencedores partilhando os despojos dos vencidos», isto é, do diabo vencido. [...]
Foste Tu, com efeito, Senhor e Salvador, que removeste dos seus ombros «o jugo que pesava sobre eles», aquele jugo do diabo que outrora triunfava no mundo quando reinava sobre todas as nações e fazia as nucas vergarem sob o jugo de uma escravidão muito pesada. [...] Foste Tu que, sem exército e sem derramamento de sangue, no segredo do Teu poder, libertaste os homens para os pores ao Teu serviço. [...] Sim, o diabo será «queimado, devorado pelo fogo eterno», porque «nasceu um menino», o humilde Filho de Deus, «que traz no Seu ombro a insígnia do poder», pois que, sendo Deus, pode pelas Suas próprias forças possuir a primazia. [...] E «o Seu poder estender-se-á», pois Ele reinará não apenas sobre os judeus, como fez David, mas sobre todas as nações «daqui em diante e para sempre».
(Referências bíblicas: Is 9, 1-6; Mt 5, 14; Sl 125,6)

Fontes:

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