quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

22 de Janeiro de 2010 - Sexta-feira da 2ª Semana do Tempo Comum


I Samuel 24, 3-21
Tomando, pois, Saul três mil homens escolhidos em todo o Israel, foi em busca de David e dos seus homens pelos rochedos de Jelim, só acessíveis às cabras monteses. Chegando perto dos apriscos de ovelhas que encontrou ao longo do caminho, Saul entrou numa gruta para satisfazer as suas necessidades. No fundo desta gruta, encontrava-se Davi com os seus homens, os quais lhe disseram: «Eis o dia do qual o Senhor te disse: ‘Eu entregarei o teu inimigo nas tuas mãos, para que faças dele o que quiseres.’» Davi levantou-se e cortou sigilosamente a ponta do manto de Saul. 
E logo o seu coração se encheu de remorsos por ter cortado a ponta do manto de Saul. E disse aos seus homens: «Deus me guarde de fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido do Senhor, estender a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Senhor!» Davi conteve os seus homens com estas palavras e impediu que agredissem Saul. O rei levantou-se, afastou- se da gruta e prosseguiu o seu caminho. 
Depois, levantou-se Davi e saiu da caverna atrás de Saul, clamando: «Ó rei, meu senhor!» Saul voltou-se, e Davi, inclinando-se, fez-lhe uma profunda reverência. E disse Davi a Saul: «Por que dás ouvidos ao que te dizem: ‘David procura fazer-te mal’? Viste hoje com os teus olhos que o Senhor te entregou nas minhas mãos, na gruta. O pensamento de te matar assaltou-me, incitou-me contra ti, mas eu disse: ‘Não levantarei a mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor.’ 
Olha, meu pai, e vê se é a ponta do teu manto que tenho na minha mão. Se eu cortei a ponta do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem revolta contra ti. Não pequei contra ti e tu, ao contrário, procuras matar-me. Que o Senhor julgue entre mim e ti! Que o Senhor me vingue de ti, mas eu não levantarei a minha mão contra ti. 
O mal vem dos perversos, como diz um provérbio antigo; por isso, não te tocará a minha mão. Mas a quem persegues, ó rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto? Uma pulga? Pois bem! O Senhor julgará e sentenciará entre mim e ti. Que Ele julgue e defenda a minha causa, e me livre das tuas mãos.» 
Logo que Davi acabou de falar, Saul disse-lhe: «É esta a tua voz, ó meu filho Davi?» E Saul elevou a voz, soluçando. E disse a Davi: «Tu te porta bem comigo, e eu me comporto mal contigo. Provaste hoje a tua bondade para comigo, pois o Senhor havia-me entregado nas tuas mãos e não me mataste. Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranqüilamente? Que o Senhor te recompense pelo que fizeste comigo! Agora eu sei que serás rei e que nas tuas mãos estará firme o reino de Israel.» 

Salmos 57, 2.3-4.6.11 
Tende piedade de mim, ó Deus, tende piedade de mim, porque a minha alma em vós procura o seu
refúgio. Abrigo-me à sombra de vossas asas, até que a tormenta passe.
Clamo ao Deus Altíssimo, ao Deus que me cumula de benefícios.
Mande ele do céu auxílio que me salve, cubra de confusão meus perseguidores; envie-me Deus a sua
graça e fidelidade.
Elevai-vos, ó Deus, no mais alto dos céus, e sobre toda a terra brilhe a vossa glória.
Porque aos céus se eleva a vossa misericórdia, e até as nuvens a vossa fidelidade.

Evangelho segundo São Marcos 3,13-19
Jesus subiu depois a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para enviá-los a pregar, com o poder de expulsar demônios. 
Estabeleceu estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de “Boanerges”, isto é, filhos do trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que O entregou. 

Comentário: "Deus nos chama e espera nossa livre resposta."
Jesus convoca e organiza a nova comunidade:
a) Os que Ele quis - Jesus mostra Sua soberana e divina vontade, que rompe com o sistema rabínico porque a iniciativa parte Dele próprio, que escolhe quem quer;
b) Para ficarem em Sua companhia - isto é, prepará-los, imbuí-los do Seu Espírito. É a primeira finalidade da escolha;
c) Para enviá-los a pregar - é a segunda finalidade da escolha;
d) Nome deles - o nome é a identidade para os judeus, quer dizer, a partir desse momento os Doze fazem parte da vida de Jesus.
Escolhendo os Doze, Jesus pretende pregar ao novo povo de Deus, o Israel santo dos últimos tempos. Observe que as características mencionadas no relato da escolha - formação e missão, escuta e proclamação, contemplação e atividade - são dimensões que se condicionam de maneira recíproca.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20100122
Diário Bíblico 2010, Ed. Ave-Maria

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