quinta-feira, 20 de maio de 2010

21 de Maio de 2010 - Sexta-feira da 7ª Semana da Páscoa

Atos dos Apóstolos 25, 13-21
Alguns dias mais tarde, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia e foram apresentar cumprimentos a Festo. Como se demorassem vários dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Está aqui um homem que Félix deixou preso, e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de homem algum, antes de o acusado ter os acusadores na sua frente e dispor da possibilidade de se defender da acusação. Vieram, pois, comigo e, sem mais demoras, sentei-me, no dia seguinte, no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos em frente dele, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes que eu pudesse suspeitar; só tinham com ele discussões acerca da sua religião e de um certo Jesus, que morreu e Paulo afirma estar vivo. Quanto a mim, embaraçado perante um debate deste gênero, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, a fim de lá ser julgado sobre o assunto.
Mas Paulo apelou para que a sua causa fosse reservada à decisão de Augusto e eu ordenei que o mantivessem preso até o enviar a César.»

Salmos 103 (102), 1-2.11-12.19-20
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR,
e todo o meu ser louve o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.
Como o Oriente está afastado do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.
O SENHOR estabeleceu nos céus o seu trono
e o seu reino estende-se a tudo o que existe.
Bendizei o SENHOR, todos os seus anjos,
poderosos mensageiros, que cumpris as suas ordens,
sempre dóceis à sua palavra.

Evangelho segundo São João 21, 15-19
Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.»
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»
E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há de atar o cinto e levar para onde não queres.»
E disse isto para indicar o gênero de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»

 Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa Diário da Alma (Lisboa, Paulus Ed., p. 363)
«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?
[...] Amas-Me? [...] Amas-Me?»
O sucessor de Pedro sabe que, na sua pessoa e na sua atividade, é a graça e a lei do amor que sustenta, vivifica e embeleza tudo; e, diante do mundo inteiro, a Igreja Santa apóia-se no intercâmbio de amor entre Jesus e ele, Simão Pedro, filho de João, como sobre um alicerce visível e invisível: Jesus invisível aos olhos da carne, o Papa, Vigário de Cristo, visível ao mundo inteiro. Meditando neste mistério de amor íntimo entre Jesus e o Seu Vigário, que honra e que felicidade para mim, mas ao mesmo tempo que motivo de confusão pela pequenez, pelo nada que sou.
A minha vida deve ser toda de amor a Jesus e, simultaneamente, uma completa efusão de bondade e de sacrifício por cada alma e por todo o mundo. É rapidíssima a passagem do episódio evangélico que proclama o amor do Papa a Jesus e, através Dele, às almas, à lei do sacrifício. O próprio Jesus anuncia-o assim a Pedro: «Eu te garanto: quando eras mais novo, punhas o cinto e ias para onde querias. Quando fores mais velho, estenderás as mãos e outro te apertará o cinto e te levará para onde não queres ir» (Jo 21, 18).
Pela graça do Senhor, ainda não entrei nesta velhice mas, com os meus oitenta anos feitos, encontro-me à porta. Portanto, devo estar preparado para este último trajeto da minha vida, em que me esperam limitações e sacrifícios, até ao sacrifício da vida corporal e ao abrir da vida eterna. Jesus, estou disposto a estender as minhas mãos, já trêmulas e fracas, a deixar que outro me ajude a vestir-me e me ajude na caminhada.
Senhor, a Pedro acrescentaste: «...e te levará para onde não queres ir». Depois de tantas graças, multiplicadas durante a minha longa vida, não há nada que não queira. Jesus, Tu revelaste-me o caminho: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores» (Mt 8, 19).

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100521

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