quarta-feira, 12 de maio de 2010

12 de Maio de 2010 - Quarta-feira da 6ª Semana da Páscoa

Atos dos Apóstolos 17, 15.22-34; 18, 1
Os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e regressaram, incumbidos de transmitir a Silas e a Timóteo a ordem de irem reunir-se a Paulo o mais rapidamente possível.
De pé, no meio do Areópago, Paulo disse, então: «Atenienses, vejo que sois, em tudo, os mais religiosos dos homens. Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: ‘Ao Deus desconhecido.’ Pois bem! Aquele que venerais sem o conhecer é esse que eu vos anuncio. O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão do homem, nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, Ele, que a todos dá a vida, a respiração e tudo mais.
Fez, a partir de um só homem, todo o gênero humano, para habitar em toda a face da Terra; e fixou a seqüência dos tempos e os limites para a sua habitação, a fim de que os homens procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo, mesmo tateando, embora não se encontre longe de cada um de nós. É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos, como também o disseram alguns dos vossos poetas: ‘Pois nós somos também da sua estirpe.’
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a Divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem ter em conta estes tempos de ignorância, Deus faz saber, agora, a todos os homens e em toda a parte, que todos têm de se arrepender, pois fixou um dia em que julgará o universo com justiça, por intermédio de um Homem, que designou, oferecendo a todos um motivo de crédito, com o fato de o ter ressuscitado de entre os mortos.»
Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: «Ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez.» Foi assim que Paulo saiu do meio deles. Alguns dos homens, no entanto, concordaram com ele e abraçaram a fé, entre os quais Dionísio, o areopagita, e também uma mulher de nome Dâmaris e outros com eles. Depois disso, Paulo afastou-se de Atenas e foi para Corinto.

Salmos 148 (147), 1-2.11-12.13.14
Louvai ao SENHOR do alto dos céus;
louvai-o nas alturas!
Louvai-o, todos os seus anjos;
louvai-o, todos os seus exércitos celestes!
Louvai-o, reis do mundo e todos os povos;
todos os chefes e governantes do mundo;
os jovens e as donzelas,
os velhos e as crianças!
Louvem todos o nome do SENHOR,
pois só o seu nome é sublime
e a sua glória está acima do céu e da terra!
Ele engrandeceu a força do seu povo,
Ele é a honra de todos os seus fiéis,
dos filhos de Israel, seu povo amigo.

Evangelho segundo São João 16, 12-15
«Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há de vir.
Ele há de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer. Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»

 Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Catecismo da Igreja Católica §§ 687-688
«O Espírito da Verdade há de guiar-vos 
para a Verdade completa.»
«Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus» (I Cr 2, 11). Ora, o Seu Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, o Seu Verbo, a Sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. Aquele que «falou pelos profetas» faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé. O Espírito de verdade, que nos «revela» Cristo, «não fala de Si próprio» (Jo 16, 13). Tal ocultação, propriamente divina, explica porque é que «o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», enquanto aqueles que crêem em Cristo O conhecem, porque Ele habita com eles e está neles (Jo 14, 17).
A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:
— nas Escrituras, que Ele inspirou;
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre atuais;
— no Magistério da Igreja, a que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20091122
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100512
  


*"Vista da Notre-Dame", 1914, Henri Matisse, óleo sobre tela, 147 x 94 cm 
Museu de Artes Modernas, Nova York
Em “Vista da Notre-Dame”, as formas se reduzem a figuras geométricas e denotam a influência do cubismo. 
"A cor sobretudo, e talvez ainda mais que o desenho, é uma libertação."
                  Henri Matisse


*"Notre-Dame", 1914, Henri Matisse
Óleo sobre tela, Coleção particular. 

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