sábado, 1 de maio de 2010

02 de Maio de 2010 – 5º Domingo do Tempo Pascal (Semana I do Saltério)

O tema fundamental da liturgia deste Domingo é o do amor: o que identifica os seguidores de Jesus é a capacidade de amar até ao dom total da vida.

No Evangelho, Jesus despede-se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o "mandamento novo": "amai-vos uns aos outros, como eu vos amei". É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus.
Na primeira leitura, apresenta-se a vida dessas comunidades cristãs chamadas a viver no amor. No meio das vicissitudes e das crises, são comunidades fraternas, onde os irmãos se ajudam, se fortalecem uns aos outros nas dificuldades, se amam e dão testemunho do amor de Deus. É esse projeto que motiva Paulo e Barnabé e é essa proposta que eles levam, com a generosidade de quem ama, aos confins da Ásia Menor.
A segunda leitura apresenta-nos a meta final para onde caminhamos: o novo céu e a nova terra, a realização da utopia, o rosto final dessa comunidade de chamados a viver no amor.
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 Atos dos Apóstolos 14, 21-27
Depois de terem anunciado a Boa-Nova àquela cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, Icônio e Antioquia. Fortaleciam a alma dos discípulos, encorajavam-nos a manterem-se firmes na fé, porque, diziam eles: «Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus.» 
Depois de lhes terem constituído anciãos em cada igreja, pela imposição das mãos, e de terem feito orações acompanhadas de jejum, recomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado. A seguir, atravessaram a Pisídia, chegaram à Panfília e, depois de anunciarem a palavra em Perga, desceram a Atália. 
De lá, foram de barco para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para o trabalho que agora acabavam de realizar. Assim que chegaram, reuniram a igreja e contaram tudo o que Deus fizera com eles, e como abrira aos pagãos a porta da fé. 

Salmos 145 (144),8-9.10-11.12-13   
é paciente e misericordioso. 
SENHOR é bom para com todos;
a sua ternura repassa todas as suas obras. 
Louvem-te, SENHOR, todas as tuas criaturas;
todos os teus fiéis te bendigam. 
Dêem a conhecer a glória do teu reino
e anunciem os teus feitos poderosos, 
para mostrar aos homens as tuas proezas
e o esplendor glorioso do teu reino. 
Seu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações. 

Apocalipse 21, 1-5 
Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido e o mar já não existia. E vi descer do céu, de junto de Deus, a cidade santa, a nova Jerusalém, já preparada, qual noiva adornada para o seu esposo. 
E ouvi uma voz potente que vinha do trono e dizia: «Esta é a morada de Deus entre os homens. Ele habitará com eles; eles serão o seu povo e o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos; e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor. Porque as primeiras coisas passaram.» 
O que estava sentado no trono afirmou: «Eu renovo todas as coisas.» E acrescentou: «Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras.» 

Evangelho segundo São João 13, 31-33.34-35 
Depois de Judas ter saído, Jesus disse: «Agora é que se revela a glória do Filho do Homem e assim se revela nele a glória de Deus. E, se Deus revela nele a sua glória, também o próprio Deus revelará a glória do Filho do Homem, e há de revelá-la muito em breve.» 
«Filhinhos, já pouco tempo vou estar convosco. Haveis de me procurar, e, assim como Eu disse aos judeus: 'Para onde Eu for vós não podereis ir', também agora o digo a vós. Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. 
Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.» 

 Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997),
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
Um caminho simples
«Que vos ameis uns aos outros 
assim como Eu vos amei.»
Digo sempre que o amor começa em casa. Primeiro está a família, depois a cidade. É fácil fingir amar as pessoas que estão longe; mas é muito menos fácil amar aqueles que vivem conosco ou que estão muito perto de nós. Desconfio dos grandes projetos impessoais, porque o importante são as pessoas. Para se amar alguém, é preciso estar perto dessa pessoa. Toda a gente precisa de amor. Todos nós precisamos saber que temos importância para os outros e que temos um valor inestimável aos olhos de Deus.
Cristo disse: «Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei». E disse também: «Aquilo que fizerdes ao menor dos Meus irmãos, a Mim o fazeis» (Mt 25, 40). É a Ele que amamos em cada pobre, e todos os seres humanos são pobres de alguma coisa. Disse Ele: «Tive fome e Me destes de comer, estava nu e Me vestistes» (Mt 25, 35). Recordo sempre às minhas irmãs e aos nossos irmãos que o nosso dia consiste em passar vinte e quatro horas com Jesus.

Fontes:

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