domingo, 2 de maio de 2010

04 de Maio de 2010 - Terça-feira da 5ª Semana da Páscoa

Atos dos Apóstolos 14, 19-28
Apareceram, então, vindos de Antioquia e de Icônio, alguns judeus que aliciaram o povo, apedrejaram Paulo e, julgando-o morto, arrastaram-no para fora da cidade. Mas, como os discípulos o tivessem rodeado, ele ergueu-se e voltou para a cidade. No dia seguinte, partiu para Derbe com Barnabé. 
Depois de terem anunciado a Boa-Nova àquela cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, Icônio e Antioquia. Fortaleciam a alma dos discípulos, encorajavam-nos a manterem-se firmes na fé, porque, diziam eles: «Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus.» 
Depois de lhes terem constituído anciãos em cada igreja, pela imposição das mãos, e de terem feito orações acompanhadas de jejum, recomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado. A seguir, atravessaram a Pisídia, chegaram à Panfília e, depois de anunciarem a palavra em Perga, desceram a Atália. De lá, foram de barco para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para o trabalho que agora acabavam de realizar. 
Assim que chegaram, reuniram a igreja e contaram tudo o que Deus fizera com eles, e como abrira aos pagãos a porta da fé. E demoraram-se bastante tempo com os discípulos. 

Salmos 145 (144), 10-11.12-13.21
Louvem-te, SENHOR, todas as tuas criaturas;
todos os teus fiéis te bendigam. 
Dêem a conhecer a glória do teu reino
e anunciem os teus feitos poderosos, 
para mostrar aos homens as tuas proezas
e o esplendor glorioso do teu reino. 
Teu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações. 
Cante a minha boca os louvores do SENHOR,
e todo o ser vivo bendiga o seu santo nome para sempre! 

Evangelho segundo São João 14, 27-31
«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acovarde. Ouvistes o que Eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós.' Se me tivésseis amor, havíeis de alegrar-vos por Eu ir para o Pai, pois o Pai é mais do que Eu. 
Digo-vos agora, antes que aconteça, para crerdes quando isso acontecer. Já não falarei muito convosco, pois está a chegar o dominador deste mundo; ele nada pode contra mim, mas o mundo tem de saber que Eu amo o Pai e atuo como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui!» 



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV 
Livro 1, cap. 11
«Dou-vos a Minha paz»
Grande paz poderíamos alcançar se nos não quiséssemos ocupar das palavras e dos atos alheios e do que não nos diz respeito. Como poderá permanecer em paz aquele que interfere nos problemas dos outros, que busca o que é exterior e pouco ou muito raramente se recolhe? Felizes os simples, porque terão grande paz.
Por que razão qualquer dos santos foi tão perfeito e contemplativo? Porque a todo o momento eles matavam em si os desejos do mundo, de todo o coração pertenciam a Deus e então livremente se ocupavam de si. Mas nós ocupamo-nos muito das nossas paixões e daquilo que passa. Raramente vencemos por completo um defeito, e não conseguimos um progresso diário: assim nos mantemos frios ou mornos.
Se estivéssemos completamente mortos para nós próprios e mais livres por dentro, saberíamos o gosto do divino e alguma coisa da contemplação do Céu. O nosso maior e único obstáculo é não estarmos livres de paixões e desejos e não nos esforçarmos por entrar na perfeita via dos santos. Quando nos sucede qualquer adversidade, imediatamente desanimamos e voltamos às consolações humanas.
Se nos mantivermos quais homens fortes no combate, depressa veremos sobre nós o auxílio de Deus. Na verdade, Ele está pronto a ajudar os que combatem e esperam na Sua graça, pois é Quem nos favorece as ocasiões de lutar, para que vençamos. [...]
Oh, soubesses tu quanta paz para ti e alegria para os outros a tua vida santa causaria, julgo que terias mais ardor no teu progresso espiritual.

Fontes:

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