quarta-feira, 5 de maio de 2010

07 de Maio de 2010 - 6ª-feira da 5ª Semana da Páscoa


Atos dos Apóstolos 15, 22-31
Então, os Apóstolos e os Anciãos, de acordo com toda a Igreja, resolveram escolher alguns de entre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Foram Judas, chamado Barsabas, e Silas, homens respeitados entre os irmãos. 
E mandaram a seguinte carta por intermédio deles: «Os Apóstolos e os Anciãos, vossos irmãos, aos irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações! Tendo conhecimento de que, sem autorização da nossa parte, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolher delegados e enviá-los a vós com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens estes que expuseram as suas vidas pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, pois, Judas e Silas, que vos transmitirão verbalmente as mesmas coisas.
O Espírito Santo e nós próprios resolvemos não vos impor outras obrigações além destas, que são indispensáveis: abster-vos de carnes imoladas a ídolos, do sangue, de carnes sufocadas e da imoralidade. Procedereis bem, abstendo-vos destas coisas. Adeus.» 
Eles, então, depois de se despedirem, desceram a Antioquia e, reunindo a assembléia, entregaram a carta. Depois de a lerem, todos ficaram satisfeitos com o encorajamento que lhes trazia. 

Salmos 57 (56), 8-9.10-12
O meu coração está firme, ó Deus,
o meu coração está firme;
quero cantar e salmodiar.
Ó minha alma, desperta!
Despertai, harpa e cítara!
Quero despertar a aurora!
Hei de louvar-te, Senhor, entre os povos,
hei de cantar-te salmos entre as nações.
Pois o teu amor é tão grande que chega ao céu
e a tua fidelidade chega até as nuvens.
Ó Deus, revela nas alturas a tua grandeza,
e, sobre toda a terra, a tua glória.

Evangelho segundo São João 15, 12-17
“É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai. 
Não fostes vós que me escolhes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá. É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros.” 

 Comentário ao Evangelho do dia feito por
Doroteu de Gaza (c.500-?), 
monge na Palestina 
Instruções, VI, 76-78 
(a partir da trad. SC 92,  p. 281-287)
Amar a Deus e ao próximo
Quanto mais unidos estamos ao próximo, mais unidos estamos a Deus. Vou dar-vos uma imagem retirada dos Padres para compreenderdes o sentido destas palavras. Pensai num círculo traçado no chão, isto é, numa linha feita com um compasso, a partir de um centro; ao meio do círculo chama-se justamente centro. Aplicai o vosso espírito ao que vos digo. Imaginai que este círculo é o mundo, que o centro é Deus, e os raios são as diferentes vias ou maneiras de viver dos homens. Quando os santos, desejando aproximar-se de Deus, se dirigem para o meio do círculo, na medida em que penetram no seu interior, aproximam-se uns dos outros ao mesmo tempo que se aproximam de Deus. Quanto mais se aproximam de Deus, mais se aproximam uns dos outros; e, quanto mais se aproximam uns dos outros, mais se aproximam de Deus.
E compreendeis que o mesmo acontece em sentido inverso, quando as pessoas se afastam de Deus para se retirar para o exterior; é então evidente que, quanto mais se afastam de Deus, mais se afastam uns dos outros, e, quanto mais se afastam uns dos outros, mais se afastam também de Deus.
Tal é a natureza da caridade. Na medida em que estamos no exterior e não amamos a Deus, nessa medida, distanciamo-nos do próximo. Mas, se amamos a Deus, quanto mais nos aproximamos Dele pela caridade, tanto mais comunicamos a caridade ao próximo; e, quanto mais unidos estamos ao próximo, mais unidos estamos a Deus.

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