domingo, 16 de maio de 2010

17 de Maio de 2010 - Segunda-feira da 7ª Semana da Páscoa

Atos dos Apóstolos 19, 1-8
Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, depois de atravessar as regiões do interior, chegou a Éfeso. Encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?» Responderam: «Mas nós nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo.»
 E indagou: «Então, que batismo recebestes?» Responderam eles: «O batismo de João.» 
«João, disse Paulo, ministrou apenas um batismo de penitência e dizia ao povo que acreditasse naquele que ia chegar depois dele, isto é, Jesus.» Quando isto ouviram, batizaram-se em nome do Senhor Jesus. E, tendo-lhes Paulo imposto as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. Eram, ao todo, uns doze homens. 
Paulo foi, em seguida, à sinagoga, onde, durante três meses, falou desassombradamente e argumentava de forma a persuadir os seus ouvintes sobre o que dizia respeito ao Reino de Deus. 

Salmos 68 (67), 2-7 
Levanta-se Deus;
eis que se dispersam seus inimigos,
e fogem diante dele os que o odeiam.                                                                                                                   
Eles se dissipam como a fumaça,
como a cera que se derrete ao fogo.
Assim perecem os maus diante de Deus.                                                                                                               
Os justos, porém, exultam
e se rejubilam em sua presença,
e transbordam de alegria.                                                                                                                                     
Cantai à glória de Deus,
cantai um cântico ao seu nome,
abri caminho para o que em seu carro avança pelo deserto.
Senhor é o seu nome, exultai em sua presença.                                                                                                     
É o pai dos órfãos e o protetor das viúvas,
esse Deus que habita num templo santo.                                                                                                               
Aos abandonados Deus preparou uma casa,
conduz os cativos à liberdade e ao bem-estar;
só os rebeldes ficam num deserto ardente.                                                                                                            

Evangelho segundo São João 16, 29-33 
Disseram-lhe os seus discípulos: «Agora, sim, falas claramente e não usas nenhuma comparação. Agora vemos que sabes tudo e não precisas de que ninguém te faça perguntas. Por isso, cremos que saíste de Deus!» 
Disse-lhes Jesus: «Agora credes? Eis que vem a hora e já chegou em que sereis dispersos cada um por seu lado, e me deixareis só, se bem que Eu não esteja só, porque o Pai está comigo. Anunciei-vos estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!» 

 Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Paulino de Nola (355-431), bispo 
Carta 38, 3-4: PL 61, 359-360
«No mundo, tereis tribulações; 
mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!»
Desde a origem do mundo que Cristo sofre em todos os Seus. Ele é «o princípio e o fim» (Ap 1, 8); escondido na lei, revelado no Evangelho, Ele é o Senhor «sempre admirável», que sofre e triunfa «nos Seus santos» (II Ts 1, 10; Sl 67, 36 LXX). Em Abel, foi assassinado pelo irmão; em Noé, foi ridicularizado pelo filho; em Abraão, conheceu o exílio; em Isaac, foi oferecido em sacrifício; em Jacob, foi reduzido a servo; em José, foi vendido; em Moisés, foi abandonado e rejeitado; nos profetas, foi lapidado e dilacerado; nos apóstolos, foi perseguido em terra e no mar; nos Seus inúmeros mártires, foi torturado e assassinado.
É Ele quem, ainda hoje, carrega a nossa fraqueza e as nossas doenças, porque Ele é o verdadeiro homem, exposto por nós a todos os males e capaz de tomar a Seu cargo a fraqueza que, sem Ele, seríamos totalmente incapazes de suportar. É Ele, sim, é Ele que carrega em nós e por nós o peso do mundo para nos libertar dele; e assim, é «na fraqueza que a Minha força se revela totalmente» (II Cor 12,9). É Ele que em ti suporta o desprezo, é Ele que este mundo odeia em ti.
Demos graças ao Senhor, porque se Ele é posto em causa, também é Ele que recebe a vitória (cf. Rm 3, 4). Segundo esta palavra da Escritura, é Ele quem triunfa em nós quando, ao tomar a condição de servo, adquire para os Seus servos a graça da liberdade.

Fontes:

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