quarta-feira, 17 de novembro de 2010

18 de Novembro de 2010 – Quinta-feira da 33ª Semana do Tempo Comum – Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

Já no século XII se celebrava na basílica vaticana de São Pedro e na de São Paulo na Via Ostiense o aniversário das respectivas dedicações, feitas pelos Papas Silvestre e Sirício, no século IV. Esta comemoração estendeu-se posteriormente a todas as igrejas de rito romano. Assim como no aniversário da dedicação da basílica de Santa Maria Maior (5 de Agosto) se celebra a Maternidade da Santíssima Virgem Mãe de Deus, assim neste dia se veneram os dois principais Apóstolos de Cristo.

Liturgia das Horas
Atos dos Apóstolos 28, 11-16.30-31
Volvidos três meses, tomamos um barco de Alexandria com o emblema dos Dióscoros, que tinha passado o Inverno na ilha. Aportamos em Siracusa, onde ficamos três dias e, de lá, contornando a costa, chegamos a Régio. No dia imediato, levantou-se o vento sul e, em dois dias, alcançamos Putéolos, onde encontramos irmãos, que nos convidaram a passar sete dias com eles. E assim é que fomos para Roma.
Os irmãos desta cidade, prevenidos da nossa chegada, vieram ao nosso encontro até Foro de Ápio e Três Tabernas. Paulo, ao vê-los, deu graças a Deus e cobrou ânimo.
Quando entramos em Roma, Paulo foi autorizado a ficar em alojamento próprio com o soldado que o guardava. Paulo permaneceu dois anos inteiros no alojamento que alugara, onde recebia todos os que iam procurá-lo, anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, com o maior desassombro e sem impedimento.

Salmos 98 (97), 1-6
Cantai ao SENHOR um cântico novo,
porque Ele fez maravilhas!
A sua mão direita e o seu santo braço
lhe deram a vitória.
O SENHOR anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-se do seu amor
e da sua fidelidade
em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra
presenciaram o triunfo libertador
do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Cantai hinos ao SENHOR,
ao som da harpa,
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,
aclamai o nosso rei e SENHOR.

Evangelho segundo São Mateus 14, 22-33
Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só. O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranqüilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» «Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, por que duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou. Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Origines (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário ao Evangelho segundo Mateus, 11, 6; PG 13, 919
«Tu és, realmente, o Filho de Deus!»
Quando nos tivermos mantido firmes durante as longas horas da noite escura que reina nos momentos de provação, quando tivermos dado o nosso melhor [...], estejamos certos de que, quando a noite for adiantada e o dia estiver próximo (Rm 13, 12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando sobre as ondas. Quando O virmos aparecer assim, sentiremos receio até ao momento em que compreendermos claramente que é o Salvador que veio para o meio de nós. Julgando ainda ver um fantasma, gritaremos assustados, mas Ele dir-nos-á imediatamente: «Tranqüilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pode ser que estas palavras façam surgir em nós um Pedro em caminho para a perfeição, que descerá do barco, certo de ter escapado à prova que os agitava. Inicialmente, o seu desejo de ir para o pé de Jesus o fará caminhar sobre as águas. Mas sendo a sua fé ainda pouco segura e estando ele próprio com dúvidas, notará «a violência do vento», sentirá medo e começará a ir ao fundo. Contudo, escapará a este mal porque lançará a Jesus este grito: «Salva-me, Senhor!» E mal este outro Pedro acabe de dizer «Salva-me, Senhor!», o Verbo estenderá a mão para o socorrer, e segurá-lo-á no momento em que ele começava a afogar-se, repreendendo-o pela sua pouca fé e pelas suas dúvidas.
Note-se, contudo, que Ele não disse: «Incrédulo», mas «homem de pouca fé», e que está escrito: «Por que duvidaste?», quer dizer: «Tu tinhas um pouco de fé, mas deixaste-te levar em sentido contrário». E Jesus e Pedro subirão para o barco, o vento acalmará e os ocupantes, compreendendo a que perigos tinham escapado, adorarão Jesus dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!», palavras que apenas os discípulos que estão próximo de Jesus no barco podem dizer. 

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20101118
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20101118
http://www.wga.hu/art/b/borrassa/st_peter.jpg

Nenhum comentário:

Postar um comentário