segunda-feira, 2 de agosto de 2010

03 de Agosto de 2010 – Terça-feira da 18ª Semana do Tempo Comum

Jeremias 30, 1-2.12-15.18-22
A palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias nestes termos: «Assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Escreve num livro todas as palavras que Eu te disser. Assim fala o Senhor: «A tua ferida é incurável, maligna é a tua chaga. Ninguém quer tomar a tua defesa para curar o teu mal, para o qual não há remédio. Todos os teus amantes te esqueceram, não se preocupam contigo, porque te feri, como se fere um inimigo, com cruel castigo, por causa da gravidade da tua falta e do número dos teus pecados.
Por que choras sobre a tua ferida? A tua chaga é incurável. Por causa da gravidade da tua falta e do número dos teus pecados é que Eu assim procedi. Mas, eis o que diz o Senhor: «Restaurarei as tendas de Jacó, e terei compaixão das suas moradas. A cidade será reconstruída das suas ruínas, e os palácios reedificados no seu lugar. Deles sairão cânticos de louvor e gritos de alegria. Multiplicá-los-ei e não mais diminuirão. Exaltá-los-ei, e não mais serão humilhados.
Os seus filhos serão como eram outrora, a sua assembléia será restabelecida diante mim, mas castigarei todos os seus opressores. Dela surgirá o seu chefe, dela sairá o seu soberano. Mandarei buscá-lo e ele se aproximará de mim. Pois quem arriscaria a sua vida, aproximando-se de mim? – oráculo do Senhor. Vós sereis o meu povo, e Eu serei o vosso Deus.»

Salmos 102 (101), 16-21.29.22-23
Os povos honrarão, SENHOR, o teu nome,
e todos os reis da terra, a tua majestade.
Quando o SENHOR reconstruir Sião
e manifestar a sua glória,
há de voltar-se para a oração do indigente
e não desprezará as suas súplicas.
Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras,
e os que hão de nascer louvarão o SENHOR.
O SENHOR observa do alto do seu santuário;
lá do céu, Ele olha para a terra,
para escutar os gemidos dos cativos
e livrar os condenados à morte.
Os filhos dos teus servos hão de viver tranqüilos
e a sua descendência perdurará na tua presença.
Em Sião será anunciado o nome do SENHOR,
e em Jerusalém, a sua glória,
quando os povos de todas as nações
se reunirem para servirem o SENHOR.

Evangelho segundo São Mateus 14, 22-36
Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranqüilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» «Vem», disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, por que duvidaste?» E, quando entraram no barco, o vento amainou. Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»
Após a travessia, pisaram terra em Genesaré. Ao reconhecerem-no, os habitantes daquele lugar espalharam a notícia por toda a região. Trouxeram-lhe todos os doentes, suplicando-lhe que, ao menos, os deixasse tocar na orla do seu manto. E todos aqueles que a tocaram, ficaram curados.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona
(Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão atribuído, Apêndice nº 192; PL 39, 2100
«Manda-me ir ter conTigo sobre as águas»
Quando Pedro, cheio de audácia, avança sobre o mar, os seus passos vacilam, mas o seu amor reforça-se [...]; afundam-se-lhe os pés, mas ele agarra-se à mão de Cristo. A fé o apóia quando sente as ondas abrirem-se; perturbado pela tempestade, tranqüiliza-se no seu amor pelo Salvador. Pedro anda sobre o mar levado mais pelo amor que pelos pés. [...]
Não olha para onde põe os pés; vê apenas o vestígio dos passos d'Aquele que ama. Do barco, onde estava seguro, viu o Mestre e, guiado pelo amor que Lhe tem, entra no mar. Já não vê o mar, mas apenas Jesus.
Mas, logo que é perturbado pela força do vento, aturdido pela tempestade, o temor começa a encobrir-lhe a fé [...], a água abre-se-lhe sob os passos. A fé enfraquece, e a água enfraquece como ela. Grita então: «Salva-me Senhor!» Imediatamente, Jesus estende a mão e, segurando-o, diz-lhe: «Homem de pouca fé, por que duvidaste? Tens assim tão pouca fé, que não pudeste continuar e chegar até a mim? Por que não tiveste a fé necessária para chegar ao objetivo apoiando-te nela? Fica, doravante, a saber que somente esta fé te pode sustentar sobre as ondas.» Assim, meus irmãos, Pedro duvida um momento, está prestes a perecer, mas salva-se invocando o Senhor. [...] Ora, este mundo é um mar onde o demônio levanta as vagas e onde as tentações multiplicam os naufrágios; só nos podemos salvar gritando pelo Salvador, que estenderá a mão para nos agarrar. Por conseguinte, invoquemo-Lo incessantemente.

Fontes:



Nenhum comentário:

Postar um comentário