quinta-feira, 19 de agosto de 2010

21 de Agosto de 2010 – Sábado da 20ª Semana do Tempo Comum

Ezequiel 43, 1-7

Conduziu-me ao pórtico, ao pórtico que dá para oriente. E eis que a glória do Deus de Israel chegava do lado do oriente. Um ruído a acompanhava, semelhante ao ruído de grandes águas, e a terra resplandecia com a sua glória. Esta visão recordava-me a que eu tinha tido, quando viera para destruir a cidade, e também o que eu tinha visto junto ao rio Cabar. Então, caí com o rosto por terra.
A glória do Senhor entrou no templo pelo pórtico que dá para Oriente. O espírito conduziu-me e levou-me para o átrio interior. E eis que a glória do SENHOR enchia o templo. Eu ouvi que alguém me falava, no templo; e o homem estava de pé junto a mim. E disse-me: "Filho de homem, aqui é o lugar do meu trono, o lugar onde coloco a planta dos meus pés, a minha residência definitiva entre os filhos de Israel, para sempre. A casa de Israel e os seus reis não profanarão mais o meu santo nome com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis.”

Salmos 85 (84), 9-14
Prestarei atenção ao que diz o SENHOR Deus;
Ele promete paz para o seu povo
e para os seus amigos e para  todos
os que se voltam para Ele de coração.
A salvação está perto dos que o temem
e a sua glória habitará na nossa terra.
O amor e a fidelidade vão encontrar-se.
Vão beijar-se a justiça e a paz.
Da terra vai brotar a verdade
e a justiça descerá do céu.
O próprio SENHOR nos dará os seus bens
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará diante dele
e a paz, no rastro dos seus passos.

Evangelho segundo 
São Mateus 23, 1-12
Então, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: “Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as *filactérias e alongam as orlas dos seus mantos. Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres’ pelos homens.
Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis 'Pai’, porque um só é o vosso 'Pai’: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por 'doutores’, porque um só é o vosso 'Doutor’: Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.”

nome feminino plural: tiras de pergaminho em que os Hebreus escreviam alguns passos do Deuteronómio, do Êxodo e fragmentos da Lei, e
que guardavam em pequenas caixas, sobre a testa ou no braço esquerdo (Do gr. phylaktérion, «lugar de guarda», pelo lat. phylacterìu-,
«id.»).

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Isaac o Sírio (séc. VII), monge em Nínive, perto de Mossoul, no actual Iraque
Discursos ascéticos, I Série, nº 49 (a partir da trad. DDB 1981, p. 273)
«Quem se humilhar será exaltado»
A providência de Deus, que vela para dar a cada um de nós o que mais lhe convém, tudo dispôs para nos conduzir à humildade. Porque, se te orgulhas com as graças da providência, esta abandona-te e voltas a cair. [...] Recorda, pois, que não é por ti, nem pela tua virtude, que resistes às más tendências, mas que apenas a graça que te sustenta, para que não temas. [...] Geme, chora, recorda-te dos teus pecados no tempo da prova, a fim de seres libertado do orgulho e de adquirires a humildade. Mas não desesperes. Pede humildemente a Deus que te perdoe os teus pecados.
A humildade, também nas obras, apaga muitos pecados. Pelo contrário, sem ela, as obras de nada servem, chegando mesmo a atrair males sobre nós. Obtém, pois, pela humildade, o perdão das tuas injustiças. A humildade está para a virtude como o sal para os alimentos; a humildade destrói a força de numerosos pecados. [...] Se a possuirmos, fará de nós filhos de Deus, conduzindo-nos a Deus mesmo sem o socorro das boas obras. É por isso que, sem ela, todas as obras são vãs, como vãs são todas as virtudes e todas as dores.

Fontes:

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