sexta-feira, 24 de setembro de 2010

25 de Setembro de 2010 – Sábado da 25ª Semana do Tempo Comum

Eclesiastes 11, 9-10; 12,1-8
Jovem, regozija-te na tua mocidade e alegra o teu coração na flor dos teus anos. Segue os impulsos do teu coração e o que agradar aos teus olhos, mas sabe que, de tudo isso, Deus te pedirá contas. Lança fora do teu coração a tristeza, poupa o sofrimento ao teu corpo: também a meninice e a juventude são ilusão.
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude, antes que venham os dias maus e cheguem os anos, dos quais dirás: «Não sinto neles prazer algum»; antes que escureçam o Sol e a luz, a Lua e as estrelas, e voltem as nuvens depois da chuva; quando os guardas da tua casa começarem a tremer, e os homens robustos, a vergar; quando as mós deixarem de moer por serem poucas, e se escurecer a vista dos que olham pela janela; quando se fecham as portas da rua, quando enfraquece a voz do moinho, quando se acorda com o piar de um pássaro e emudecem as canções.
Então, também haverá o medo das subidas, e haverá sobressaltos no caminho, enquanto a amendoeira abre em flor, o gafanhoto engorda, e a alcaparra perde as suas propriedades. Então, o homem encaminha-se para a sua casa da eternidade, e as carpideiras percorrem as ruas; antes que se rompa o cordão de prata e se quebre a bacia de ouro; antes que se parta a bilha na fonte, e se desenrole a roldana sobre a cisterna.
Então o pó voltará à terra de onde saiu e o espírito voltará para Deus que o concedeu. Ilusão das ilusões - disse Qohélet - tudo é ilusão.


Salmos 90 (89), 3-6.12-14.17
Tu podes reduzir o homem ao pó,
dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"
Mil anos, diante de ti, são como o dia de ontem,
que passou, ou como uma vigília da noite.
Tu os arrebatas como um sonho,
ou como a erva que de manhã verdeja,
como a erva que de manhã brota vicejante,
mas à tarde está murcha e seca.
Ensina-nos a contar assim os nossos dias,
para podermos chegar ao coração da sabedoria.
Volta, SENHOR! Até quando...?
Tem compaixão dos teus servos.
Sacia-nos pela manhã com os teus favores,
para podermos cantar e exultar todos os dias.
Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus!
Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos;
faz prosperar a obra das nossas mãos.

Evangelho segundo São Lucas 9, 43-45
E todos estavam maravilhados com a grandeza de Deus. Estando todos admirados com tudo o que Ele fazia, Jesus disse aos seus discípulos : «Prestai bem atenção ao que vou dizer-vos: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.» Eles, porém, não entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de modo que não compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito.

Comentário ao Evangelho do dia, por
São Basílio (c. 330-379), monge e Bispo de Cesaréia, na Capadócia, Doutor da Igreja Homilia sobre a humildade, 5-6 (a partir da trad? Brésard, 2000 ans B, p. 232 rev.)
«O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens»
«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (Mt 23, 12). [...] Imitemos o Senhor, que desceu do céu até ao mais radical abaixamento, para ser depois exaltado, do último lugar até às alturas que Lhe convêm. Descubramos tudo aquilo que o Senhor nos ensina para nos conduzir à humildade.
Acabado de nascer, ei-Lo numa gruta, deitado, não num berço, mas numa manjedoura. Na casa de um artesão e de uma mãe sem recursos, é submisso a Sua mãe e ao esposo desta. Deixou-Se ensinar, ouvindo aqueles dos quais não tinha a mais pequena precisão, interrogando-os de tal maneira que os deixou espantados com a Sua sabedoria. Submete-Se a João e o Senhor recebe o batismo das mãos do servo. Nunca opôs resistência aos que O atacavam, nem recorreu ao Seu poder invencível para se libertar das mãos que O prendiam, antes Se deixou levar como que impotente, e na medida em que tal Lhe pareceu adequado, concedeu poder sobre Si a um poder efêmero. Compareceu perante o sumo-sacerdote na qualidade de acusado; levado à presença do governador, submeteu-Se ao juízo deste, e podendo perfeitamente responder aos caluniadores, sofreu as calúnias em silêncio. Coberto de escarros por escravos e servos indignos, foi por fim entregue à morte, a uma morte infamante aos olhos dos homens. E foi assim que decorreu a Sua vida desde o nascimento até ao fim. Mas, depois de tal abaixamento, fez brilhar a Sua glória. [...] Imitemo-Lo a fim de que, também nós, alcancemos a glória eterna.

Fontes:

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