segunda-feira, 13 de setembro de 2010

14 de Setembro de 2010 – Terça-feira da 24ª Semana do Tempo Comum – Exaltação da Santa Cruz – Festa

As relíquias da Santa Cruz, descobertas pela imperatriz santa Helena no dia 14 de setembro de 320, foram levadas para a Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, no dia 14 de setembro do ano 335. A partir dessa data temos em toda a Igreja a festa da “Exaltação da Santa Cruz”.
A cruz está estreitamente ligada à Paixão de Cristo e à nossa salvação. É o símbolo mais eloqüente do amor de Deus por nós. A cruz venceu a morte e nos deu a vida eterna. Por esse motivo é justo que seja celebrada, exaltada e venerada por todos nós.
Segundo João o título Filho do Homem está ligado ao modelo de “subida-descida”: “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem” (v. 13), disse Jesus a Nicodemos.
Só existe um que “subiu” aos céus, porque primeiro veio de lá: o “Filho do Homem”. Somente ele pode trazer a revelação divina porque tem sua origem no céu. E o Filho do Homem só pode ser Jesus de Nazaré. Só Jesus é o revelador e o enviado de Deus.
E Jesus acrescenta: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer tenha nele a vida eterna” (v. 14-15).
No deserto o povo se revoltou e murmurou contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-9). Então Deus mandou serpentes venenosas que mordiam e muitos israelitas morreram. O povo, arrependido, suplicou a Moisés: “Roga a Deus que nos livre das serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo e, inspirado por Deus, elevou uma serpente de bronze. Aquele que fosse mordido se olhasse para ela seria salvo.
Assim, a serpente erguida no deserto simboliza o Cristo elevado na cruz, que salva da morte do pecado. “Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (v. 17).  Quantas vezes, caminhando nós, pelo deserto deste mundo, somos picados pelas serpentes do mal que são os nossos pecados: o egoísmo, a avareza, a sensualidade, a ânsia do poder, a falta de caridade, as nossas omissões...
Pessoas há que olham para a Cruz como um simples objeto de decoração, como uma jóia, o que é lastimável. Vejamos na cruz o seu profundo significado: a Cruz é o nosso instrumento de salvação! Cristo pendente na Cruz nos atrai hoje e é para a Cruz que devemos olhar e viver, se quisermos ser salvos. Foi na Cruz que Cristo, entregando sua vida por nós, mostrou o quanto nos ama. Na Cruz está a chave de nossa vitória! Amém. Assim seja.
* * *
O que é a cruz para mim? Um objeto de decoração, uma jóia? Ou um instrumento de Salvação? Por que a cruz é o maior símbolo do cristianismo? Vejo na cruz a chave de nossa vitória? Vivo com amor a mensagem da cruz na esperança e na alegria da ressurreição? Disse uma criança: “Amarrei a minha cruz na cruz de Cristo e minha cruz se tornou mais leve”. Acredita nisso?
Frei Floriano Surian, ofm - Site Franciscanos


Números 21, 4-9


Do monte Hor, os israelitas partiram pelo caminho do Mar dos Juncos para contornar a terra de Edom, mas cansaram-se na caminhada. O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Por que nos fizestes sair do Egito? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel. O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecamos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.» Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.

Salmos 78 (77), 1-2.34-38
Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

— Escuta, ó meu povo, a minha Lei,
ouve atento as palavras que eu te digo;
abrirei a minha boca em parábolas,
os mistérios do passado lembrarei.

— Quando os feria, eles então o procuravam,
convertiam-se correndo para ele;
recordavam que o Senhor é sua rocha
e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.

— Mas apenas o honravam com seus lábios
e mentiam ao Senhor com suas línguas;
seus corações enganadores eram falsos
e, infiéis, eles rompiam a Aliança.

— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo,
não os matava e perdoava seu pecado;
quantas vezes dominou a sua ira
e não deu largas à vazão de seu furor.


Evangelho segundo São João 3, 13-17
Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo João Crisóstomo (c. 345-407), padre em Antioquia,
depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre
«Pai, se é possível» (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 72)
«Tanto amou Deus o mundo»
Foi a cruz que reconciliou os homens com Deus, que fez da terra um céu, que uniu os homens aos anjos. Ela derrubou a cidadela da morte, destruiu o poder do demônio, libertou a terra do mal, estabeleceu os fundamentos da Igreja. A cruz é a vontade do Pai, a glória do Filho, o júbilo do Espírito Santo. [...]
A cruz é mais brilhante que o sol porque, quando o sol se turva, a cruz resplandece; e o sol turva-se, não no sentido de ser aniquilado, mas de ser vencido pelo esplendor da cruz. A cruz rasgou a ata da nossa condenação, quebrou as cadeias da morte. A cruz é a manifestação do amor de Deus: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que Nele crê não se perca».
A cruz abriu o paraíso, deixou que nele entrasse o malfeitor (Lc 23,43) e conduziu ao Reino dos Céus a criatura humana, destinada à morte.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100914
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=9990&language=PT&img=&sz=full

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