quinta-feira, 2 de setembro de 2010

03 de Setembro de 2010 – Sexta-feira da 22ª Semana do Tempo Comum

I Coríntios 4,1-5
Considerem-nos, pois, servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer dos administradores é que sejam fiéis. Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo.
De nada me acusa a consciência, mas nem por isso me dou por justificado; quem me julga é o Senhor. Por conseguinte, não julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor. Ele é quem há de iluminar o que se esconde nas trevas e desvendar os desígnios dos corações. E então cada um receberá de Deus o louvor que merece.

Salmos 37 (36), 3-6.27-28.39-40
Confia no SENHOR e faz o bem;
habitarás a terra e viverás tranqüilo.
Procura no SENHOR a tua felicidade,
e Ele satisfará os desejos do teu coração.
Confia ao SENHOR o teu destino,
confia nele e Ele há de ajudar-te.
Fará brilhar, como luz, a tua justiça,
e, como sol do meio-dia, os teus direitos.
Afasta-te do mal e pratica o bem,
e então viverás para sempre,
porque o SENHOR ama a retidão
e não abandona os seus fiéis.
Os ímpios serão dizimados
e a sua descendência será destruída.
A salvação dos justos vem do SENHOR;
Ele é o seu refúgio na hora da angústia.
O SENHOR os ajuda e liberta,
defende-os dos ímpios e os salva,
porque nele se refugiam.

Evangelho segundo São Lucas 5, 33-39
Disseram-lhe eles: «Os discípulos de João jejuam freqüentemente e recitam orações; o mesmo fazem também os dos fariseus. Os teus, porém, comem e bebem!» Jesus respondeu-lhes: «Podeis vós fazer jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão de jejuar.»
Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém recorta um bocado de roupa nova para deitá-lo em roupa velha; aliás, irá estragar-se a roupa nova, e também à roupa velha não se ajustará bem o remendo que vem da nova. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho novo rompe os odres e derrama-se, e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. E ninguém, depois de ter bebido o velho, quer do novo, pois diz: 'O velho é que é bom!'»

Comentário ao Evangelho do dia feito por 
São Bernardo (1091-1153), 
monge cisterciense e Doutor da Igreja Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, n.º 84
(a partir da trad. de Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, Médiaspaul, 1988, t. 6, p.158)
«O Esposo está com eles»
Que a alma disto se lembre: foi o Esposo Quem, primeiro, a procurou e Quem, primeiro, a amou; tal é a fonte da sua própria procura e do seu próprio amor [...]. «Procurei, diz a Esposa [do Cântico dos Cânticos], Aquele Que o meu coração ama» (3, 1). Sim, é de fato a esta procura que te convida a ternura d’Aquele que, antes de ti, te procurou e te amou. Não O procurarias, se primeiro Ele não te tivesse procurado; não O amarias, se primeiro Ele não te tivesse amado.
O Esposo não Se antecipou numa só benção, mas em duas: no amor e na procura. O amor é a causa da Sua procura; a procura é o fruto do Seu amor, e dele é também penhor assegurado. És amada por Ele, de maneira que não podes lamentar-te por não seres realmente amada. A dupla experiência da Sua ternura encheu-te de audácia: aniquilou-te as vergonhas, persuadiu-te  a voltares para Ele, deu força ao teu entusiasmo. Daí o fervor, daí o ardor em «procurares Aquele que o teu coração ama», pois é evidente que não terias podido procurá-Lo, se primeiro Ele não te tivesse procurado; e agora que Ele te procura, não podes deixar de O procurar.

Fontes:

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