quarta-feira, 21 de julho de 2010

23 de Julho de 2010 – Sexta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum - Santa Brígida, Religiosa, Co-padroeira da Europa – Festa

Jeremias 3, 14-17
“Voltai, filhos rebeldes, porque Eu sou vosso dono – oráculo do Senhor. Tomar-vos-ei um de uma cidade, e dois de uma família e hei de reconduzir-vos a Sião. Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos conduzirão com inteligência e sabedoria. E, quando vos multiplicardes e vos tornardes numerosos na terra, então – oráculo do Senhor – não se falará mais na Arca da aliança do Senhor; não lhes virá ao pensamento, não se lembrarão nem sentirão necessidade dela e não se fará outra.
Naquele tempo, chamarão a Jerusalém ‘Trono do Senhor’ e hão de juntar-se a ela, a Jerusalém, em nome do Senhor, todas as nações, e não voltarão a ir atrás da maldade dos seus corações perversos.” 

Jeremias 31, 10-13
“Povos, escutai a palavra do Senhor!
Levai a notícia às ilhas longínquas e dizei
‘Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como o pastor ao seu rebanho.’ 
Porque o Senhor resgatou Jacó
e libertou-o das mãos de um mais forte. 
Regressarão jubilosos às alturas de Sião,
e afluirão aos bens do Senhor:
ao trigo, ao vinho e ao azeite,
às crias de ovelhas e de vacas.
A sua alma será como um jardim bem regado,
e não voltarão a desfalecer. 
Então, a jovem alegrar-se-á, bailando;
 jovens e velhos partilharão do seu júbilo.
Converterei o seu pranto em exultação,
hei de consolá-los,
e aliviá-los das suas penas.” 

Evangelho segundo São Mateus 13, 18-23
«Escutai, pois, a parábola do semeador. Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente à beira do caminho. 
Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo. 
Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. 
E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.» 

Comentário ao Evangelho do dia, pelo 
Papa João Paulo II 
Carta apostólica Spes Aedificandi (a partir da trad. DC2213, 7/11/99)
«Aquele que faz a vontade de Deus é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe.»
Indicando Santa Brígida como co-Padroeira da Europa, desejo torná-la conhecida não só aos que receberam a vocação de uma vida de especial consagração, mas também aos que são chamados às naturais ocupações da vida laical no mundo e, sobretudo, à exímia e exigente vocação de formar uma família cristã. 
Sem se deixar influenciar pelas condições de bem-estar do seu meio aristocrático, ela viveu com o marido Ulf uma experiência conjugal, onde o amor esponsal se uniu à oração intensa, ao estudo da Sagrada Escritura, à mortificação e à caridade. Juntos fundaram um pequeno hospital, onde freqüentemente cuidavam dos enfermos. Brígida tinha também o hábito de servir pessoalmente os pobres. Ao mesmo tempo, era apreciada pelas suas qualidades pedagógicas, que teve ocasião de pôr em prática no período em que lhe foi pedido que servisse na Corte de Estocolmo. Desta experiência amadureceram os conselhos que, em diversas ocasiões, veio a dar aos príncipes e soberanos, para desempenharem corretamente as suas funções. Mas os primeiros a beneficiar de tudo isto foram certamente os seus filhos, e não é por acaso que uma das suas filhas, Catarina, é venerada como santa. [...]
Depois da morte do esposo, ouviu a voz de Cristo que lhe confiou nova missão, guiando-a passo a passo com uma série de graças místicas extraordinárias. [...] Com a força que é o eco dos antigos grandes profetas, ela falava com segurança a príncipes e pontífices, revelando os desígnios de Deus acerca dos acontecimentos históricos. Não poupou severas advertências, nem mesmo em matéria da reforma moral do povo cristão e do próprio clero [...]
Nas terras escandinavas, pátria de Brígida, que estão separadas da plena comunhão com a Sé de Roma após os tristes acontecimentos do século XVI, a figura da Santa sueca permanece como um precioso elo ecumênico, também reforçado pelo esforço realizado neste sentido pela Ordem religiosa por ela fundada.

Fontes:

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