segunda-feira, 19 de julho de 2010

21 de Julho de 2010 – Quarta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum

Jeremias 1, 1.4-10
Palavras de Jeremias, filho de Helcias, um dos sacerdotes que viviam em Anatot, terra de Benjamim, A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: «Antes de te haver formado no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta das nações.» E eu respondi: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, pois ainda sou um jovem.» 
Mas o Senhor replicou-me: «Não digas: ‘Sou um jovem’. Pois irás aonde Eu te enviar e dirás tudo o que Eu te mandar. Não terás medo diante deles, pois Eu estou contigo para te livrar» – oráculo do Senhor. Em seguida, o Senhor estendeu a sua mão, tocou-me nos lábios e disse-me: «Eis que ponho as minhas palavras na tua boca; a partir de hoje, dou-te poder sobre os povos e sobre os reinos, para arrancares e demolires, para arruinares e destruíres, para edificares e plantares.» 

Salmos 71 (70), 1-6.15.17
É em vós, Senhor, que procuro meu refúgio;
que minha esperança não seja para sempre confundida.
Por vossa justiça, livrai-me, libertai-me;
inclinai para mim vossos ouvidos e salvai-me.
Sede-me uma rocha protetora,
uma cidadela forte para me abrigar:
e vós me salvareis,
porque sois meu rochedo e minha fortaleza.
Meu Deus, livrai-me das mãos do iníquo,
das garras do inimigo e do opressor,
porque vós sois, ó meu Deus, minha esperança.
Senhor, desde a juventude vós sois minha confiança.
Em vós eu me apoiei desde que nasci,
desde o seio materno sois meu protetor;
em vós eu sempre esperei.
Minha boca proclamará vossa justiça
e vossos auxílios de todos os dias,
sem poder enumerá-los todos.
Vós me tendes instruído, ó Deus,
desde minha juventude,
e até hoje publico as vossas maravilhas.

Evangelho segundo São Mateus 13, 1-9
Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia. 
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele que tiver ouvidos, ouça!» 

Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Catecismo da Igreja Católica, §§ 101-105, 108
«Aquele que recebeu a semente em boa terra
é o que ouve a Palavra e a compreende» (Mt 13, 23)
Na Sua bondade condescendente, para Se revelar aos homens, Deus fala-lhes em palavras humanas: «As palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do eterno Pai Se assemelhou aos homens assumindo a carne da debilidade humana» (Dei Verbum, 13).
Através de todas as palavras da Sagrada Escritura. Deus não diz mais que uma só Palavra, o Seu Verbo único, em Quem totalmente Se diz (Hb 1, 1-3): «Lembrai-vos de que o discurso de Deus que se desenvolve em todas as Escrituras é um só e um só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados, o Qual, sendo no princípio Deus junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, pois não está sujeito ao tempo» (Santo Agostinho).
Por esta razão, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras tal como venera o Corpo do Senhor. Nunca cessa de distribuir aos fiéis o Pão da vida, tomado à mesa, quer da Palavra de Deus, quer do Corpo de Cristo (Dei Verbum, 21).
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra continuamente o seu alimento e a sua força (DV, 24), porque nela não recebe apenas uma palavra humana, mas o que ela é na realidade: a Palavra de Deus. «Nos livros sagrados, com efeito, o Pai que está nos Céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a conversar com eles» (DV, 21).
Deus é o autor da Sagrada Escritura. «A verdade divinamente revelada, que os livros da Sagrada Escritura contêm e apresentam, foi registrada neles sob a inspiração do Espírito Santo» (DV, 21). [...]
No entanto, a fé cristã não é uma «religião do Livro». O Cristianismo é a religião da «Palavra» de Deus, «não duma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo» (São Bernardo). Para que elas não sejam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna do Deus vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o espírito à inteligência das Escrituras (Lc 24, 45).

Fontes:

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