quinta-feira, 8 de julho de 2010

09 de Julho de 2010 - Sexta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum

Oséias 14, 2-10
Volta, Israel, ao SENHOR teu Deus, porque caíste por causa dos teus pecados. Tomai convosco palavras de arrependimento. E voltai ao SENHOR, dizendo-lhe: «Perdoa todos os nossos pecados, e acolhe favoravelmente o sacrifício que oferecemos, a homenagem dos nossos lábios. A Assíria não nos salvará; não montaremos a cavalo, e nunca mais chamaremos nosso Deus a uma obra das nossas mãos, pois só junto de ti o órfão encontra compaixão.»
Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração, porque a minha cólera se afastou deles. Serei para Israel como o orvalho: florescerá como um lírio e deitará raízes como um cedro do Líbano. Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira, o seu perfume como o odor do Líbano.
Regressarão os que habitavam à sua sombra; renascerão como o trigo, darão rebentos como a videira e a sua fama será como a do vinho do Líbano. Efraim, que tenho Eu ainda a ver com os ídolos? Sou Eu quem responde e olha por ele. Eu sou como um cipreste sempre verdejante; é de mim que procede o teu fruto.
Quem é sábio para compreender estas coisas, inteligente para conhecê-las? Porque os caminhos do SENHOR são retos, os justos andarão por eles, mas os pecadores tropeçarão neles.

Salmos 51 (50), 3-4.8-9.12-14.17
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniqüidade;
purifica-me dos meus delitos.
Tu aprecias a verdade no íntimo do ser
e ensinas-me a sabedoria no íntimo da alma.
Purifica-me com o hissope e ficarei puro,
lava-me e ficarei mais branco do que a neve.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença,
nem me prives do teu santo espírito!
Dá-me de novo a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios, para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.

Evangelho segundo São Mateus 10, 16-23
«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas suas sinagogas; sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos.
Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes de dizer. Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós.
O irmão entregará o seu irmão à morte, e o pai, o seu filho; os filhos hão de erguer se contra os pais e hão de causar-lhes a morte. E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: Não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do Homem.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Francisco Xavier (1506-1552), missionário jesuíta Carta 131, 22 de Outubro de 1552 (a partir da trad. La Colombe, 1953, pp. 247-248)
«Envio-os como ovelhas para o meio dos lobos»
No dizer das gentes do país, corremos dois perigos. O primeiro é que o homem que nos conduz, após ter recebido o nosso dinheiro, nos abandone nalguma ilha deserta ou nos lance ao mar, a fim de escapar ao governador de Cantão. O segundo é ele conduzir-nos a Cantão e, ao chegarmos à presença do governador, este infligir-nos maus tratos ou meter-nos na prisão. Porque a nossa diligência é inconcebível. Inúmeros decretos interditam a quem quer que seja o acesso à China e, sem uma autorização do rei, é estritamente proibida a entrada de estrangeiros. Fora estes dois perigos, há muitos outros, e maiores, ignorados pelas gentes do país. Seria bem longo descrevê-los; contudo não deixarei de citar alguns.
O primeiro é perdermos esperança e a confiança na misericórdia de Deus. É por Seu amor e para o Seu serviço que vamos dar a conhecer a Sua lei e Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Redentor e Senhor. Ele sabe-o bem, dado que foi Ele que, na Sua santa misericórdia, nos comunicou este desejo. Ora, a falta de confiança na Sua misericórdia e no Seu poder no meio dos perigos em que podemos cair ao Seu serviço é um perigo incomparavelmente maior que os males que podem suscitar-nos todos os inimigos de Deus. Com efeito, se o Seu maior serviço o exigir, Ele guardar-nos-á dos perigos desta vida; e, sem a permissão e autorização de Deus, os demônios e os seus ministros em nada podem prejudicar-nos.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100709

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