terça-feira, 6 de julho de 2010

08 de Julho de 2010 – Quinta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum

Oséias 11, 1-4.8-9
Quando Israel era ainda menino, Eu amei-o, e chamei do Egito o meu filho. Mas, quanto mais os chamei, mais eles se afastaram; ofereceram sacrifícios aos ídolos de Baal e queimaram oferendas a estátuas.
Entretanto, Eu ensinava Efraim a andar, trazia-o nos meus braços, mas não reconheceram que era Eu quem cuidava deles. Segurava-os com laços humanos, com laços de amor, fui para eles como os que levantam uma criancinha contra o seu rosto; inclinei-me para ele para lhe dar de comer.
Como poderia abandonar-te, ó Efraim? Entregar-te, ó Israel? Como poderia Eu abandonar-te, como a Adma, ou tratar-te como Seboim? O meu coração dá voltas dentro de mim, comovem-se as minhas entranhas. Não desafogarei o furor da minha cólera, não voltarei a destruir Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não me deixo levar pela ira.

Salmos 80, 2.3.15-16
Ó pastor de Israel, escuta,
Tu que conduzes José como um rebanho,
Tu que tens o teu trono sobre os querubins.
Mostra a tua grandeza às tribos de Efraim,
Benjamim e Manassés!
Desperta o teu poder e vem salvar-nos!
Ó Deus do universo, volta, por favor,
olha lá do céu e vê: cuida desta vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou,
dos rebentos que fizeste crescer para nós.

Evangelho segundo São Mateus 10, 7-15
“Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, dai de graça. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento.
Em qualquer cidade ou aldeia onde entrardes, procurai saber se há nela alguém que seja digno, e permanecei em sua casa até partirdes. Ao entrardes numa casa, saudai-a. Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela; se não for digna, volte para vós.
Se alguém não vos receber nem escutar as vossas palavras, ao sair dessa casa ou dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo: No dia do juízo, haverá menos rigor para a terra de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade.”

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cromácio de Aquiléia (?-407), bispo Sermão 39; CCL 9A, 169-170
«É que a Lei foi dada por Moisés, 
mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo» (Jo 1, 17)
É bom que a nova lei seja proclamada numa montanha, uma vez que a lei de Moisés nos foi dada numa montanha. Uma é composta de dez mandamentos, destinados a formar os homens, tendo em vista a sua conduta na vida presente; a outra consiste de oito bem-aventuranças, porque conduz aqueles que a seguem até à vida eterna e à pátria celeste.
«Felizes os mansos, porque possuirão a terra». Portanto, é necessário ser manso, pacífico na alma e sincero de coração. O Senhor mostra claramente que o mérito dos que o são não é pequeno, quando diz: «Possuirão a terra». Trata-se, sem dúvida nenhuma, desta terra da qual está escrito: «Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos» [Sl 27 (26), 13]. A herança dessa terra é a imortalidade do corpo e a glória da ressurreição eterna. Porque a mansidão ignora o orgulho, não conhece a jactância, desconhece a ambição. Além disso, não é sem razão que, noutra ocasião, o Senhor exorta os Seus discípulos dizendo: «Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito» (Mt 11, 29).
«Felizes os que choram, porque serão consolados.» Não os que choram a perda do que lhes é querido, mas os que choram os seus pecados, se lavam das suas faltas com lágrimas e, certamente, aqueles que choram a iniqüidade deste mundo, ou deploram as faltas dos outros.

Fontes:

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