quarta-feira, 14 de abril de 2010

15 de Abril de 2010 - Quinta-feira da 2ª Semana da Páscoa

Atos dos Apóstolos 5, 27-33
Trouxeram-nos, pois, e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo Sacerdote, interrogando-os, disse:«Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.» 
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro. Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. 
E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.» Enraivecidos com tal linguagem, pensaram a sério em matá-los. 

Salmos 34, 2.9.17-18.19-20
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Saboreai e vede como o SENHOR é bom;
feliz o homem que nele confia!
A ira do SENHOR volta se contra os malfeitores,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o SENHOR atendeu-os
e livrou os das suas angústias.
O SENHOR está perto dos corações contritos
e salva os espíritos abatidos.
Muitas são as tribulações do justo,
mas o SENHOR o livra de todas elas.

Evangelho segundo São João 3, 31-36
Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro; pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida. 
O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão. Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus. 

 Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho (354-430),
Bispo de Hipona (Africa do Norte) 
e Doutor da Igreja 
Confissões XI, 2, 3
«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida.»
Ó Senhor meu Deus, luz dos cegos e força dos fracos, mas também luz dos que vêem e força dos fortes, escuta a minha alma; ouve-a gritar o fundo do abismo (Sl 192, 1)? Pois se Tu não nos escutares, mesmo no fundo do abismo, aonde iremos? A quem dirigiremos os nossos apelos?
«Teu é o dia, Tua é também a noite» (Sl 73, 16). A um sinal Teu, todos os instantes desaparecem. Dá aos nossos pensamentos o tempo de que precisam para investigarem os recessos profundos da Tua lei e não feches a porta àqueles que batem (Mt 7, 7). Com razão quiseste que se escrevessem tantas páginas cheias de sombras e de mistérios, belas florestas onde os veados se refugiam e restauram as forças, onde passeiam e pastam, onde se deitam e ruminam.
Ó Senhor, conduz-me ao termo e revela-me os seus segredos. A Tua palavra é toda a minha alegria, a Tua palavra é mais doce que uma torrente de volúpias. Concede-me que Te ame, porque amo e este amor é um dom Teu. Não abandones os Teus dons, não desdenhes deste talo de erva sedento.
Que eu proclame tudo quanto descobrir nos Teus livros; faz-me «ouvir a voz dos Teus louvores» (Sl 25, 7). Possa eu beber da Tua palavra e considerar as maravilhas da Tua lei (Sl 118, 18), desde o instante em que criaste o céu e a terra até ao momento em que partilhe Contigo o reino eterno na cidade santa.

Fontes:

Um comentário:

  1. A propósito, o título desta segunda obra postada é "Orchard with Blossoming Apricot Trees", Vincent Van Gogh.

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