sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

03 de Fevereiro de 2010 - Quarta-feira da 4ª Semana do Tempo Comum

II Samuel 24, 2.9-17
Disse, pois, o rei a Joab, chefe do exército: «Percorre todas as tribos de Israel, de Dan a Bercheba, e faz o recenseamento do povo, de maneira que eu saiba o seu número.» 
Joab apresentou ao rei a soma do recenseamento do povo. Havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que manejavam a espada e, em Judá, quinhentos mil homens. Feito o recenseamento do povo, Davi sentiu remorsos e disse ao Senhor: «Cometi um grande pecado, ao fazer isto. Mas perdoa, Senhor, a culpa do teu servo, porque procedi como um insensato.» 
Pela manhã, quando Davi se levantou, o Senhor tinha falado ao profeta Gad, vidente de Davi, nestes termos: «Vai dizer a Davi: 'Eis o que diz o Senhor. Dou-te a escolher entre três coisas; escolhe uma das três e a executarei.'» 
Gad foi ter com Davi e referiu-lhe estas palavras, dizendo: «Que preferes: sete anos de fome sobre a terra, três meses a fugir diante dos inimigos que te perseguem, ou três dias de peste no teu país? Reflete, pois, e vê o que devo responder a quem me enviou.» 
Davi respondeu a Gad: «Vejo-me em grande angústia. É melhor cair nas mãos do Senhor, cuja misericórdia é grande, do que cair nas mãos dos homens!» 
O Senhor enviou a peste a Israel, desde a manhã daquele dia até ao prazo marcado. Morreram setenta mil homens do povo, de Dan a Bercheba. O anjo estendeu a mão contra Jerusalém para a destruir. Mas o Senhor arrependeu-se desse mal e disse ao anjo que exterminava o povo: «Basta, retira a tua mão.» O anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu. 
Vendo o anjo que feria o povo, Davi disse ao Senhor: «Fui eu que pequei, eu é que tenho culpa! Mas estes, que são inocentes, que fizeram? Peço que descarregues a tua mão sobre mim e sobre a minha família!» 

Salmos 32(31), 1-2.5.6.7
Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o SENHOR não acusa de iniqüidade e em cujo espírito não há engano.
Confessei-te o meu pecado e não escondi a minha culpa;
disse: "Confessarei ao SENHOR a minha falta"; e Tu me perdoaste a culpa do pecado.
Por isso, todo o fiel te invoca no tempo da angústia.
E, mesmo que transbordem águas caudalosas, jamais o hão de atingir.
Tu és o meu refúgio: livras-me da angústia e me envolves em cânticos de libertação.

Evangelho segundo São Marcos 6, 1-6
E partiu dali. Foi para a sua terra, e os discípulos seguiam-no. 
Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?» E isto parecia-lhes escandaloso. 
Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa.» E não pôde fazer ali milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos. 
Estava admirado com a falta de fé daquela gente. Jesus percorria as aldeias vizinhas a ensinar. 

Comentário ao Evangelho do dia, por 
Santo Atanásio (295-373), 
Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja 
Carta a Epicteto, 5-9 (a partir da trad. breviário, rev.)

«Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria?»
O Verbo, a Palavra eterna de Deus, «veio em auxílio da descendência de Abraão; por isso, teve de assemelhar-Se em tudo aos Seus irmãos» (Heb 2, 16-17) e de tomar um corpo semelhante ao nosso. É por isso que Maria foi verdadeiramente necessária, para que Ele tomasse corpo nela, e o oferecesse por nós como sendo Seu. [...] Gabriel tinha-lho anunciado em termos cuidadosamente escolhidos. Não disse apenas: «Aquele que vais nascer em ti» [...], disse: «Aquele que vai nascer de ti». [...]
Tudo isto se fez assim para que o Verbo, assumindo a nossa natureza e oferecendo-a em sacrifício, a fizesse totalmente Sua. Em seguida, quis revestir-nos da Sua própria natureza divina, razão pela qual São Paulo afirma: «É necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade e que este corpo mortal se revista de imortalidade» (I Cor 15, 53). E tal não aconteceu de forma simulada, como supõem certos heréticos: nem pensar nisso! O Salvador tornou-Se verdadeiramente homem, e foi daí que veio a salvação para todo o homem. [...] A nossa salvação não é uma aparência, não é apenas para o corpo, mas para o homem todo, alma e corpo, e esta salvação veio do próprio Verbo.
Aquele que veio de Maria era, pois, humano por natureza, segundo as Escrituras, e o corpo do Senhor era um verdadeiro corpo; sim, um verdadeiro corpo, porque era idêntico ao nosso, porque Maria é nossa irmã, visto que todos descendemos de Adão.

Fontes:
AAS 84 (1992) 482-4; L'OSS. ROM 11.10.1981.
http://www.levangileauquotidien.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20100203
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20100203

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